Este artigo analisa o processo de urbanização no Estado de São Paulo, ao lado das profundas transformações demográficas ocorridas nas últimas décadas. Utilizando dados dos Censos Demográficos (IBGE) e Estatísticas do Registro Civil (Fundação Seade), o estudo mostra a rápida transição de uma sociedade com visível presença rural, para outra quase integralmente urbana.

Estimativas para 2024, realizadas pelo Seade, indicam que 5 milhões de crianças residem no Estado.

O estudo aborda a evolução das estatísticas do registro civil no período de 2000 a 2024.

As estatísticas produzidas pelo Seade revelam que, entre os residentes no Estado, 35% dos óbitos, em 2024, eram pessoas nascidas fora de SP, refletindo fluxos migratórios do passado

Os dados populacionais segundo naturalidade, divulgados pelo IBGE relativos ao Censo de 2022, revelam informações valiosas sobre a migração e a formação da população no Estado de São Paulo. Seus residentes somaram 44,4 milhões de habitantes neste ano, com 79,7% naturais do Estado, 11,3% do Nordeste, 4,4% do Sudeste exceto SP e 3,7% dos demais estados.

A obtenção de dados demográficos precisos reveste-se de importância fundamental para o planejamento e a implementação de políticas públicas eficazes. Este estudo avalia os dados populacionais de crianças e jovens no Censo Demográfico de 2022, no Estado de São Paulo, identificando a necessidade de correções devido à subenumeração. Fatores como a omissão de domicílios, a recusa em responder ao censo e falhas na inclusão de crianças e adolescentes pelos informantes contribuem para imprecisões na contagem populacional.

As estatísticas do registro civil mostram que, entre 2013, primeiro ano com informações, e 2024, a tendência dos casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo foi crescente, com alguns momentos de decréscimo, em especial durante a pandemia de Covid-19.

Cem anos de transição demográfica são interpretados a partir da tendência dos componentes vegetativo e migratório no Estado de São Paulo, que foram impulsionados pela urbanização, industrialização e desenvolvimento regional, revelando profunda reorganização espacial e mudanças na estrutura etária da população paulista.