Imprensa

19.06.2019

Estudo analisa fontes verdes e geração elétrica paulista

Estado de São Paulo mantem a liderança seja na capacidade total de geração elétrica, seja no uso de fontes renováveis
 
O boletim Ensaio e Conjuntura da Fundação Seade aborda as fontes renováveis na matriz de geração elétrica no Estado de São Paulo.
Na comparação entre 2015 e 2018, o Estado de São Paulo manteve a liderança entre os demais estados, seja na capacidade total de geração elétrica, seja no uso de fontes renováveis. A capacidade instalada paulista aumentou 2,3%. A geração elétrica por meio de fontes renováveis teve alta de 2,1%, representando 90,3% do total estadual em 2018. A capacidade das usinas hídricas ficou estável em relação a 2015, porém a das térmicas movidas a biomassa (bagaço de cana e resíduos florestais) aumentou 3,9% e a das que utilizam energia solar cresceu mais que duzentas vezes. As usinas termelétricas com fontes não renováveis, cuja participação foi de 9,7%, registraram expansão de 3,5%, impulsionadas pelo petróleo e gás natural.
No mesmo período, o Estado de São Paulo liderou a geração elétrica centralizada no país, com expansão da capacidade instalada de 22.497 MW para 22.941 MW, embora reduzindo sua participação (de 16,0% para 14,2%).
No que se refere a fontes renováveis, o Estado também manteve a primeira posição no ranking nacional, elevando a capacidade instalada de 20.335 MW para 20.703 MW. A predominância paulista deveu-se à potência gerada pela fonte hídrica, que variou de 14.831 MW para 14.833 MW, e, ainda, pelas térmicas a biomassa (de 5.504 MW para 5.719 MW). As usinas que utilizam bagaço de cana-de-açúcar totalizaram 5.524 MW de potência em 2018. Já a vice-liderança paraense pode ser explicada pelo início da operação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte em 2016, que ampliou a capacidade de geração elétrica nesse estado em 7.566 MW.
Em 2018, São Paulo ocupou a terceira posição entre os estados brasileiros no que se refere à geração distribuída, com 10,1% da potência instalada total do país, superado por Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com 24,6% e 13,5%, respectivamente. Entre 2015 e 2018, a expansão da potência instalada no Estado de São Paulo com geração distribuída foi de 5.034%, enquanto a alta registrada no país foi de 3.892%.
A distribuição regional mostra que praticamente um terço da potência instalada no Estado de São Paulo localizava-se na Região Administrativa de Campinas, sendo 29,8% referentes à fonte solar, 2,3% à hídrica, 0,2% à térmica e 0,0% à eólica. Entre os 476 municípios paulistas que registraram geração elétrica distribuída, a liderança coube a Campinas, com participação de 5,6% na potência total (3.863 kW) e de 8,3% no conjunto das unidades consumidoras (804).
A Região Metropolitana de São Paulo foi a segunda colocada no ranking da geração distribuída, com 10,8% da potência estadual, quase totalmente relacionados à fonte fotovoltaica. A capital paulista ocupou a segunda posição entre os municípios, respondendo por 5,2% da potência (3,581 kW) e por 5,3% das unidades consumidoras (509).
Consulte aqui a íntegra da pesquisa.