Imprensa

19.06.2019

Expectativa de vida dos paulistas seria maior caso não ocorressem as mortes por acidentes de trânsito

Homens teriam acréscimo de 0,49 ano na vida média, enquanto entre as mulheres, 0,12 ano

 
Estudo do Infosiga SP e da Fundação Seade conclui que a esperança de vida ao nascer estimada para o total da população paulista, que alcançava 76,42 anos em 2018, passaria a 76,75 anos caso não ocorressem as mortes por acidentes de trânsito. Como era de se esperar, o impacto seria maior entre os homens, que teriam acréscimo de 0,49 ano na vida média, enquanto entre as mulheres o incremento seria menor: 0,12 ano.
De acordo com a análise, ocorreram 5.459 mortes por acidentes de trânsito em todo o Estado de São Paulo, em 2018, indicando redução de 1.009 casos em relação a 2015 e refletindo tendência de decréscimo para esse tipo de acidente.
A taxa de mortalidade por acidentes de trânsito no Estado diminuiu de 15,0 óbitos por 100 mil habitantes, em 2015, para 12,4 por 100 mil, em 2018, com retração de 17,3% no risco de morte por essa causa. Embora o número de casos venha diminuindo, os indicadores mostram que os riscos de morte por essas causas ainda continuam mais elevados do que em muitos países europeus. Segundo relatório da OMS, Espanha apresentava, em 2016, risco de 4,1 mortes por 100 mil habitantes; Holanda 3,8 mortes; e Inglaterra 3,5 mortes.
Para os homens, essa taxa de mortalidade diminuiu de 25,4 óbitos por 100 mil habitantes, em 2015, para 20,8 por 100 mil, em 2018. Já para as mulheres, o indicador recuou de 5,2 para 4,5 óbitos por 100 mil, no mesmo período. Portanto, a relação entre a taxa de mortalidade masculina e a feminina mostra que, em 2018, o risco de morte por acidentes de trânsito entre os homens foi 4,6 vezes superior ao das mulheres. Em 2015 esse índice era um pouco maior: 4,9 vezes.
Esses indicadores para o Estado de São Paulo foram elaborados com base nas estatísticas do Infosiga, que organiza um banco de dados reunindo informações de diversas fontes tais como Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal, e nas estatísticas da Fundação Seade, que  recebe dos Cartórios de Registro Civil as informações sobre os óbitos registrados em todo o território paulista e processa as causas de morte segundo critérios e classificações preconizados pela Organização Mundial da Saúde.
Consulte aqui a íntegra do estudo.