Imprensa

19.01.2022

Em 20 anos, as mulheres passam a ser mães cada vez mais tarde

No período de 20 anos, na capital paulista, ocorreram mudanças expressivas na distribuição dos nascimentos segundo a idade das mães. Houve diminuição da participação de mães jovens e o aumento daquelas com mais de 30 anos. Em 2000, aquelas com 20 a 29 anos correspondiam a 54%, reduzindo-se para 49%, em 2010, e para 45%, em 2020. Já as mães de 30 a 39 anos passaram de 27% para 41%. A idade média das mães passou de 26,4 para 29,2 anos. Os resultados fazem parte do estudo do perfil da mãe paulistana elaborado pela Fundação Seade.

A cidade de São Paulo, em 2020, registrou 146 mil nascimentos. Em relação a 1982, o total corresponde a pouco mais da metade das 256 mil crianças nascidas naquele ano. A redução foi igualmente importante em relação a 2019, com 12,5 mil crianças a menos. Tal tendência é resultado da queda da fecundidade nesse período, diminuindo o crescimento populacional e estreitando a base da pirâmide etária da população.

Nascimentos por distritos

A distribuição dos nascimentos entre os 96 distritos é bastante diferenciada: Grajaú, o mais populoso, com 390 mil habitantes, registrou 5.740 nascimentos em 2020, enquanto Marsilac, o menor, com apenas 8,4 mil habitantes, contabilizou pouco mais de 100 crianças.

A distribuição segundo a idade das mães também é heterogênea: a proporção de mães jovens de 20 a 29 anos é superior a 45% nos distritos mais periféricos e se reduz a menos de 30% naqueles de menor vulnerabilidade socioeconômica, situados na área mais central da capital.

Como consequência, a idade média das mães é mais baixa na periferia da cidade, variando de 25 a 29 anos, enquanto na área intermediária varia de 29 a 31 anos e nos distritos centrais oscila entre 31 e 35 anos.

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