Imprensa

13.11.2020

Esperança de vida aumenta 1,5 ano na região de Campinas

Correio Popular, de Campinas – 13/11/2020
A esperança de vida na região administrativa de Campinas aumentou em cerca de 1 ano e meio na última década, e se consolidou como a segunda região de maior longevidade do estado, segundo levantamento divulgado ontem pela Fundação Seade — o portal de estatísticas do governo de São Paulo —, com dados até 2019.
O estudo mostrou que a região de Campinas apresenta um índice de esperança de vida ao nascer de 76,9 anos perdendo apenas para a região de Ribeirão Preto, que chegou a 77 anos de vida. Em 2009, a esperança de vida na região de Campinas era de 75,3 anos.
A cidade de Campinas possui hoje uma população de 47.304 pessoas com idade de 75 anos ou mais. Destes, 29.661 são mulheres e os outros 17.643, homens.
A melhoria do índice, no entanto, se verificou em praticamente todo o estado de São Paulo, segundo o estudo da Fundação.
De acordo com o Seade, a esperança de vida ao nascer em São Paulo, em 2019, correspondia a 76,4 anos, e sua evolução revela expressivo avanço na longevidade. Nas últimas cinco décadas, houve aumento de 17,7 anos e, entre 2000 e 2019, o incremento foi de 4,8 anos, confirmando a tendência ascendente da expectativa de vida paulista.
Os indicadores detalhados por idade apontam também acréscimos em todas as faixas etárias.
Assim, crianças de 10 anos ampliaram sua esperança de vida de 66,1 anos em 1970, para 77,4 anos em 2019, enquanto jovens de 30 anos passaram de 67,7 para 78,3 anos, nesse mesmo período de tempo.
Além da redução continuada da mortalidade na infância, o que provoca impacto imediato na sobrevivência entre os mais jovens, também ficam evidentes fortes progressos nas demais faixas etárias da população residente no Estado.
Em 2019, a esperança de vida feminina era de 79,4 anos e a masculina de 73,3 anos, com uma diferença de 6,1 anos entre os sexos, inferior àquela registrada em 2000: 9,0 anos.
De acordo com o estudo, a atenuação observada está diretamente associada à queda da mortalidade masculina, em especial as causas de morte relacionadas a agressões e acidentes de transporte, favorecendo, principalmente, a sobrevivência da população masculina jovem.
Regiões
As maiores esperanças de vida ao nascer são verificadas nas regiões de Ribeirão Preto (77,0 anos), Campinas (76,9) e São José do Rio Preto (76,8), enquanto as menores aparecem na Região Metropolitana da Baixada Santista (74,7) e nas regiões de Itapeva (74,8) e Registro (75,4).
A diferença entre os valores regionais extremos, em 2019, foi de 2,3 anos, menor do que aquela observada em 2000 — que foi de 4,5 anos. Essa redução sugere tendência de aproximação regional, resultante de ganhos expressivos em regiões com menores níveis de longevidade, diz o estudo.