Imprensa

03.03.2020

Pesquisa do Seade analisa a vida das mulheres chefes de família

O boletim Pesquisa Seade, baseado em levantamento inédito da Fundação Seade, analisa as características das famílias chefiadas por mulheres na metrópole paulista, as diferenças no padrão de renda domiciliar por sexo do chefe e os deslocamentos dos chefes de família no espaço urbano.
Os dados mostram que a diversidade de composição é um traço cada vez mais característico das famílias da Região Metropolitana de São Paulo – RMSP, sendo que 39% das famílias são chefiadas por mulheres.
Alguns resultados da pesquisa:
1 – o arranjo mais usual entre as famílias chefiadas por mulheres na metrópole continua sendo aquele em que a mulher vive apenas com filhos e/ou netos, sem cônjuge;
2 – a parcela de famílias chefiadas por mulheres em que elas chefiam o casal, com ou sem filhos, já corresponde a 24%;
3 – a idade média das mulheres chefes de família corresponde a 53,8 anos, superior à dos homens chefes (49,4 anos);
4 – as famílias chefiadas por mulheres têm rendimento cerca de 30% inferior ao daquelas chefiadas por homens. Em média, as famílias chefiadas por mulheres dispõem de R$ 41/dia, valor que sobe para R$ 46/dia entre as chefiadas por homens;
5 – o trabalho é única fonte de renda para 44% das famílias chefiadas por mulheres, situação de 59% das chefiadas por homens. A renda média das famílias chefiadas por mulheres que somente recebem pensão e aposentadoria equivale a R$ 1.714, sendo que 7% do total de famílias na RMSP estão nessa situação;
6 – entre as famílias chefiadas por mulheres, as que mais recebem benefícios de programas sociais são aquelas que vivem sem cônjuge com filhos e/ou netos. Entre as chefiadas por homens, são casais com filhos e/ou netos. Cerca de 1,1 milhão de pessoas vivem em famílias chefiadas por mulheres que recebem benefícios de programas sociais;
7 – as mulheres chefes de família vão mais ao comércio do dia a dia (41%), a atividades religiosas (23%) e a serviços de saúde (13%), enquanto. Os homens chefes mencionam com mais frequência saídas para atividades de lazer (22%) e práticas esportivas (12%);
8 – as mulheres chefes de família se deslocam com menos frequência para visitas, lazer e práticas esportivas do que os homens chefes e as cônjuges mulheres, indício de sobrecarga de outras atividades;
9 – a parcela de mulheres que não costumam sair, exceto para escola e trabalho, é menor do que a de homens. A falta de dinheiro é motivo mais importante para as mulheres não saírem do que para os homens.
Consulte aqui a íntegra da pesquisa.