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19.02.2018

Região é a 2ª em investimentos em SP

Correio Popular – 4/02/2018
Os investimentos são um dos principais pilares para impulsionar a economia – e, nesse quesito, a região de Campinas continua forte no Estado. A Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp) elaborada pela Fundação Seade mostra que no terceiro trimestre do ano passado a Região Administrativa de Campinas atraiu US$ 673,6 milhões em recursos para os setores de comércio, indústria, serviços, tecnologia e infraestrutura. Com isso, a região manteve a segunda posição no Estado, atrás apenas da Capital, que cravou US$ 3 bilhões.
Apesar de continuar entre os primeiros lugares do ranking, a região de Campinas teve queda no volume injetado pelas empresas em relação ao terceiro trimestre de 2016, quando o resultado foi de US$ 766,8 milhões. Os investimentos anunciados no Estado todo, de julho a setembro do ano passado, atingiram US$ 4,8 bilhões.
Especialistas da Fundação Seade afirmaram que o desempenho de 2017 do Estado foi muito melhor do que no ano anterior. No acumulado de janeiro a setembro, foram investidos US$ 16,1 bilhões – mais que o dobro do que foi investido em todo o ano de 2016 (US$ 8 bilhões). Na Região Administrativa de Campinas, os investimentos somaram US$ 1,96 bilhão até o nono mês de 2017, também acima de tudo o que foi registrado no anterior (US$ 1,41 bilhão, um crescimento de 39%).
O estudo da Fundação Seade apontou também que o segmento de infraestrutura liderou a aplicação de recursos no terceiro trimestre do ano passado no Estado. Em seguida, vieram a indústria e, depois, os serviços. A analista da Gerência de Indicadores da Seade, Margarida Kalemkarian, afirma que os resultados mostram que a economia está se recuperando depois de dois anos de queda. Ela diz que os setores de infraestrutura e indústria se destacaram no ano passado, mas, na região de Campinas, o setor de tecnologia também foi responsável pelos bons números.
Margarida destaca que a região de Campinas se transformou em um polo de desenvolvimento de alta tecnologia, o que acaba atraindo investimentos em outros setores, como o industrial e o de serviços. “A Região de Campinas tem como uma das características a diversificação de atividades que atraem investimentos, tanto que mantém a vice-liderança no Estado”. Para a especialista, o recuo em um período, como aconteceu no terceiro trimestre em relação aos mesmos três meses do anterior, é um fato pontual.
Margarida avalia que, em anos de crise, os investidores preferem aplicar recursos em cidades que tragam um retorno efetivo do dinheiro e facilidades que reduzam os custos. “Isso explica porque a Região de São Paulo foi a que mais recebeu investimentos no terceiro trimestre. É um comportamento natural dos investidores em situações de crise. Eles sempre vão buscar primeiro os mercados que têm mais chances de oferecer retorno”, diz.
A especialista ressalta que a retomada do setor automotivo é muito importante para puxar a indústria de São Paulo. “O setor tem uma cadeia produtiva extensa e o crescimento dos negócios gera um grande volume de investimentos”, comenta. Margarida afirma que a sinalização para este ano é de continuidade nos investimentos, provavelmente de forma um pouco mais acentuada. “Porém, ainda existem muitos riscos no cenário econômico – o principal, a eleição presidencial. No geral, as perspectivas são positivas, mas a crise política ainda pode atrapalhar”.
Os setores que se destacaram neste ano no anúncio de investimentos em Campinas e região foram infraestrutura (54,8%), indústria (37,7%), serviços (5,5%) e comércio (2%). Na lista da Fundação Seade há empreendimentos como a modernização da fábrica da Mercedes Benz, em Iracemápolis; a construção de fábrica da L’Occitane em Itupeva; e a inauguração do Hotel Radisson Red, em Campinas.