Imprensa

22.11.2018

PIB regional confirma recuperação, diz Seade

Correio Popular – 13/11/2018
O Produto Interno Bruto (PIB) da região administrativa de Campinas cresceu 3,8% no acumulado dos últimos 12 meses, segundo dados do PIB Regional divulgados ontem pela Fundação Seade – um percentual superior a média alcançada pela economia paulista no mesmo período, que foi de 2,7%. O dado confirma a recuperação na atividade econômica do Estado.
O levantamento compara dados dos quatro trimestres terminados em junho em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. A produção de riquezas na região, que inclui 82 municípios, foi de R$ 97,3 bilhões, o equivalente a 17,8% do PIB paulista e o segundo melhor desempenho no Estado, abaixo apenas da Região Metropolitana de São Paulo que, no período, gerou R$ 289,7 bilhões em bens e serviços. Das quatro regiões mais industrializadas do Estado, apenas a da capital, com crescimento de 2,3%, não superou a média estadual. Sorocaba foi o grande destaque, com avanço de 6,1%, seguida por Campinas e São José dos Campos, ambas com 3,8%. Nas regiões onde o agronegócio tem mais peso, a Central, com crescimento de 3,7%, superou a média estadual, enquanto Barretos registrou 2,6%. Já Bauru (2,2%), São José do Rio Preto (1,7%), Marília (1,7%), Franca (1,3%), Presidente Prudente (1,3%) e Ribeirão Preto (0,4%) tiveram desempenho inferior ao do Estado. De todas as regiões avaliadas, somente a de Araçatuba apresentou indicador negativo (-2,2%), acentuando a retração observada no primeiro trimestre, quando registrou taxa negativa de 1,5%. Por outro lado, na região de Itapeva, a agropecuária teve um forte crescimento de 19,2%. A Região Metropolitana de São Paulo, responsável por 54,5% do PIB do Estado, embora com aumento abaixo da média estadual (2,3%), acelerou seu desempenho em relação ao período anterior (1,6%).
Indústria
A indústria puxou o crescimento do PIB na região de Campinas, com uma alta de 6,1% no período analisado pela Fundação Seade. Em seguida vem serviços, com 2,5% e agropecuária, com 2,4%. Para o economista e consultor de investimentos José Roberto Alencar, o levantamento mostra que uma retomada da economia, embora ainda muito lenta. A indústria, como era de se esperar, teve um ligeiro crescimento, o que deve ser comemorado. Depois de um longo período de recessão, o setor está finalmente vendo alguma luz. Resta saber como será a política econômica do próximo governo, que ainda não está muito clara, disse. Segundo ele, é preciso cautela ao falar de retomada da economia, porque as análises ainda são muito oscilantes. ?O mercado voltou a reduzir a perspectiva para a inflação neste ano, depois que o Banco Central afirmou que os índices devem ter um pico no segundo semestre de 2019. Nessa área, tudo é muito volátil, e qualquer palavra fora do lugar que venha da futura equipe de governo mexe com o mercado?, disse. Sobre o setor de serviços, Alencar disse que ele não cresceu tanto quanto deveria mas a agropecuária conseguiu expansão, apesar de não ter grande participação na economia regional . Mas temos uma grande indústria ligada ao agronegócio, que impulsionou o crescimento do PIB junto com a indústria”, afirmou.