Imprensa

11.12.2023

Mais da metade da população paulista pratica atividade física

No Estado de São Paulo, 56% da população praticou atividades físicas em 2023, parcela superior em 17 p.p. à registrada na pesquisa de 2019 (39%). A população do interior apresenta maior proporção de praticantes (59%) do que a da RMSP (54%), assim como os homens (65%) em relação às mulheres (52%). São resultados da pesquisa realizada pela Fundação Seade. O levantamento contou com uma amostra de 7.547 entrevistas na primeira tomada (agosto de 2019) e 6.008 na segunda (agosto de 2023).

De acordo com a pesquisa, os mais jovens mostram maiores índices de prática de atividades físicas, com destaque para a faixa de 30 a 44 anos (64%), com um incremento de 23 p.p. em relação à pesquisa anterior. Essas práticas crescem conforme aumentam a escolaridade e o nível de renda familiar dos respondentes.
Entre os que praticaram atividades físicas, 80% o fizeram duas ou mais vezes por semana em 2023, representando um incremento de 14 p.p. em relação a 2019. Tal comportamento pode indicar um aumento da percepção em relação aos benefícios das atividades físicas para a saúde e prevenção de doenças.

Dos que praticaram atividades físicas no Estado de São Paulo em 2023, 45% pagaram para realizá-las, parcela pouco maior do que em 2019 (42%), com as maiores proporções entre as mulheres (47%), pessoas na faixa de 30 a 44 anos (58%) e aqueles com instrução e rendimentos maiores.

Redução do sedentarismo

Entre 2019 e 2023, diminuiu 17 p.p. a parcela daqueles que não praticam atividades físicas, sinalizando redução do sedentarismo entre os residentes no Estado. No entanto, 44% da população se mostrou resistente à prática de atividades físicas, proporção que é maior entre residentes da RMSP, mulheres, os mais idosos e de menores escolaridade e renda familiar. Entre as motivações alegadas para a não adoção dessa prática estão problemas de saúde (34%), seguidas por falta de tempo (31%), inexistência de local para atividades físicas (15%), não gostam (8%) e outros motivos (12%).

Houve ainda, uma redução da proporção de pessoas que alegaram não ter onde realizar atividades físicas, passando de 28%, em 2019, para 15%, em 2023. Os segmentos de menor faixa de renda são os que mais mencionam essa ausência (20%).

Locais para realização de atividades físicas

Entre os residentes no Estado de São Paulo, 31% avaliaram como suficientes as instalações para realização de atividades físicas no bairro em que residem.

Por outro lado, a parcela que demonstrou maior percepção de insuficiência de instalações é composta por pessoas com idade entre 30 e 44 anos. Menos de um quarto desse grupo etário considera os equipamentos no bairro suficientes, talvez em decorrência de uma maior propensão à realização de atividades físicas nessa fase da vida.

Apesar de 44% da população afirmar que existem centros esportivos, ginásios e quadras de escola no bairro em que residem, menos de um terço desse grupo (30%) costuma utilizá-los, parcela que apresenta pequena redução em relação a 2019. A apropriação desses serviços, majoritariamente públicos, foi mais citada entre pessoas com menores instrução e renda familiar, sugerindo que esses espaços são usados por quem não poderia pagar uma instalação privada.

A pesquisa indagou ainda sobre a disponibilidade de outros tipos de instalações no bairro da residência – parques, praças, academias ao ar livre ou quadras públicas de esportes. Os dados indicam que 53% da população percebeu essa existência, com acréscimo de 6 p.p. na comparação com 2019.

 

Consulte aqui.