Imprensa

20.01.2021

Evolução da população paulistana nos últimos 100 anos

Com 11,9 milhões de residentes, o município de São Paulo comemora, em 25 de janeiro, o seu 467o aniversário. De acordo com as projeções do Seade, esse conjunto representa 26,6% da população estadual e 5,6% da brasileira. Tornou-se a maior cidade do Brasil em 1960, quando superou o Rio de Janeiro. Hoje, é mais populosa que Portugal e Grécia, semelhante à Bélgica e Bolívia e comparável aos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Em cem anos, sua população aumentou 20 vezes: crescia 4,0% a.a. na década de 1920, atingiu o máximo nos anos 1950 (5,6% a.a.) e agora cresce 0,5% a.a.
O saldo migratório (imigrantes menos emigrantes) foi um componente relevante no crescimento da população paulistana até a década de 1970, quando a cidade atraía muitos habitantes, tornando-se, desde então, negativo. Por sua vez, o saldo vegetativo (nascimentos menos óbitos) se manteve positivo durante todo o período, apesar da redução depois da década de 1990. Nasciam 19,7 mil bebês em 1920, o maior número de nascimentos ocorreu em 1982 (256,3 mil) e hoje se aproxima de 160 mil. Já o volume de óbitos foi crescente em todo período: de 10,6 mil chega a 78 mil por ano.
A idade média dos paulistanos aumentou 12 anos, passando de 24,6 para 36,7 anos, entre 1920 e 2021. Sua composição etária se alterou nos últimos cem anos, com a participação dos menores de 15 anos se reduzindo à metade e quadruplicando a dos maiores de 60 anos. Decisiva nessa mudança foi a queda na taxa de natalidade, que passou de 34 para 13 nascimentos por mil habitantes, nesse período, acompanhada de expressiva redução da mortalidade em todas as faixas etárias, sobretudo na mortalidade infantil: de 176 para 11 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos.
As maiores concentrações da população com 60 anos e mais estão na região central, destacando-se Alto de Pinheiros com 29,2% de seus residentes nessa faixa etária. Os distritos Sé e Brás são exceções na região central, pois contam com 11,7% e 13,8% de idosos, respectivamente. As menores proporções aparecem nas regiões mais periféricas, sendo o menor valor em Anhanguera (9,1%).
Consulte aqui a íntegra do estudo.