Imprensa

01.11.2022

PIB da região cresce 3% no 2.º trimestre

Jornal Cidade de Bauru – 02/10/2022

O Produto Interno Bruto (PIB) da região de Bauru cresceu 3% no segundo trimestre de 2022, na comparação com o primeiro. O índice, divulgado na última semana pela Fundação Seade, já desconta a inflação e corresponde ao quarto melhor resultado entre todas as regiões administrativas do Estado (veja no quadro ao lado).

As maiores variações foram as das regiões de Ribeirão Preto, com alta de 3,8%; São José do Rio Preto, com 3,6%; e Registro, com 3,5%. Considerando os números absolutos, o PIB de Bauru avançou de R$ 13,8 bilhões no primeiro trimestre para R$ R$ 15,9 bilhões, somado o resultado de 39 municípios, tais como Bauru, Jaú, Lins e Lençóis Paulista.

O Produto Interno Bruto representa a soma do valor de todos os bens e serviços finais produzidos em determinado período. Trata-se de um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia para mensurar a atividade econômica, que inclui o desempenho de setores como administração pública, agricultura, indústria, serviços e comércio.

O resultado regional, segundo o Seade, foi maior do que a média do Estado, de 1,2%, correspondente a uma expansão de R$ 796,4 bilhões na economia paulista no segundo trimestre. Segundo o levantamento, 14 das 16 regiões do Estado registraram resultados positivos, sendo que apenas Araçatuba (-0,1) e Marília (-0,3) tiveram desempenhos inferiores ao primeiro trimestre.

Segundo Vagner Bessa, gerente da área de economia da fundação, o PIB das regiões localizadas mais a oeste do Estado, como Bauru, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, tem crescido, proporcionalmente, mais do que o da região metropolitana e zonas como a de Campinas, Sorocaba e São José dos Campos. E um dos principais responsáveis por este impulsionamento no Interior foi o agronegócio.

SETORES FORTES

“O complexo sucroalcooleiro nestas regiões, por exemplo, é muito bem estruturado. E, no caso da região de Bauru, há uma particularidade, que é a força do setor de papel e celulose. É um ramo que segue crescendo muito, bem acima da média da indústria no Estado”, analisa, fazendo menção às atividades desenvolvidas pela Bracell, em Lençóis Paulista.

Também teve destaque no PIB da região, segundo Bessa, o setor de logística, bem como comércio atacadista, que, na comparação com o varejista, possui maior valor adicionado em termos de riqueza. “Quando a indústria cresce, há uma demanda por logística, ou seja, por rede de distribuição”, frisa.

Já em relação à região metropolitana e regiões adjacentes, o gerente destaca que os percentuais de alta do PIB alcançados não foram tão expressivos por uma série de problemas complexos, que passam, inclusive, pela dificuldade de a indústria farmacêutica e o setor automobilístico se recuperarem.

Vale destacar, contudo, que, do total de R$ 796,4 bilhões atingidos pelo Estado no segundo trimestre, a região metropolitana participou com quase R$ 414 bilhões. Em 2021, ela também permaneceu com a maior contribuição no total do PIB paulista (51,7%), seguida pela região de Campinas (19,8%) e São José dos Campos (5,8%).