Imprensa
Crescem sinais de recuperação mais intensa
O Estado de s. Paulo – Editorial – 14/08/2020
A cada dia parece ser mais evidente que o auge da recessão ficou para trás e que o ritmo da atividade econômica se recompõe. “O pior já passou”, disse em entrevista coletiva a coordenadora do Conselho Econômico do Estado de São Paulo, Ana Carla Abrão Costa. A Fundação Seade já constata uma recuperação expressiva do PIB paulista, que aumentou 6,8% entre maio e junho, mostrando que o impacto mais agudo da pandemia do novo coronavírus sobre a economia vai sendo superado. Tendência semelhante, embora menos expressiva do que em São Paulo, também se verifica na média do País, segundo o último relatório de mercado Focus preparado pelo Banco Central (BC) com base em pesquisa feita em 7/8 com agentes econômicos privados.
A projeção para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, que chegou a ser negativa em 7,5% e atingiu 6,1% quatro semanas atrás, passou para -5,66% há uma semana e agora está em -5,62%, informa o relatório Focus. Também nas últimas quatro semanas a estimativa de produção industrial passou de um indicador de -9% para -7,92% e agora para -7,87%. São números muito fracos, mas menos ruins do que os de um mês atrás.
O crescimento da produção industrial de 8,2% entre abril e maio e de 8,7% entre maio e junho, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o sinal mais evidente de que a economia já se distancia do fundo do poço. Mas muitos economistas ainda avaliam com cautela qual será a força da retomada. Se há mais otimismo em São Paulo, onde se amplia, por exemplo, o horário de atendimento do comércio e dos restaurantes, em muitos Estados a crise sanitária ainda é intensa e, como o isolamento social foi posto em prática com atraso, as medidas preventivas ainda retardam a retomada.
A recuperação, notou o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, ao Estadão do último domingo, depende ainda de que se assegure a volta da política de austeridade fiscal tão logo a pandemia seja contida. Sem isso, será elevado o risco de uma crise de confiança na capacidade administrativa do governo. E a confiança é essencial para que se mantenha a disposição de compra dos consumidores, muitos dos quais têm preferido reforçar suas reservas financeiras dadas as incertezas quanto ao emprego e à renda futuros.
- Arquivos de Notícias
- Últimas Notícias
06.05.24
SP viabiliza inserção de mais de 12 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho
06.05.24
Estado de SP tem maior salário médio de admissão do país, mostra Caged
29.04.24
Metalurgia tem expansão recorde na região de Sorocaba
29.04.24
PIB do agro de SP cresce 11,4% no 1º bimestre de 2024, diz Seade