Imprensa

28.02.2019

Diminui o desemprego das mulheres

                                    Queda na taxa de desemprego não ocorria desde 2013
 
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Fundação Seade e o Dieese elaboraram estudo que traz as principais informações sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo, em 2018.
Segundo o estudo, houve aumento de 1,0% no nível de ocupação feminina, entre 2017 e 2018, deveu-se ao comportamento positivo na indústria (3,9%), no comércio (3,6%) e, com menor intensidade, nos serviços (0,3%), sendo que a elevação dos serviços domésticos (10,2%) compensou a retração observada em outros segmentos desse setor.
Esse desempenho positivo do nível de ocupação feminina, combinado a menor proporção de mulheres participantes do mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas, resultou na redução da taxa de desemprego das mulheres, de 19,7%, em 2017, para 18,1%, em 2018, o que não ocorria desde 2013.
De acordo com as características pessoais, destacam-se os aumentos de mulheres ocupadas com 25 a 39 anos de idade, com ensino médio completo e com o superior completo.
Entre 2017 e 2018, o rendimento médio por hora das mulheres diminuiu em 1,6% e passou a valer R$ 11,08, correspondendo a 86% do recebido pelos homens. Essa relação era de 87%, em 2017, mas já chegou a ser de 74%, em 1998. Em 2018, a jornada média semanal das mulheres ocupadas era de 39 horas e a dos homens, 43 horas.
Em grande parte, o que explica as jornadas de trabalho menores ou proporção relativamente baixa de mulheres no mercado de trabalho, é o tempo que geralmente as mulheres dedicam aos cuidados da casa, dos filhos e parentes – idosos ou com alguma incapacidade ou enfermidade –, seja responsabilizando-se exclusivamente por essas atividades, seja conciliando-as com o trabalho remunerado.
 
Diminui formato clássico de família
 
As famílias estão se mostrando um pouco menos representadas pelo clássico formato de casal com filhos, que agregava 44,5% do total de famílias, em 2007/08, e passou para 37,9%, em 2017/18. Também estão perdendo participação arranjos que incluem outros parentes ou agregados (de 16,9% para 14,8%). Os outros tipos de arranjos, em especial o de pessoa que mora sozinha e o constituído por casal sem filhos, aumentaram sua proporção para 16,2% cada um. Os chefes sem cônjuge com filhos – situação em que as mulheres são maioria – também tiveram aumento em sua parcela, passando de 13,1% para 14,9%, no mesmo período.
A chefia preponderante nas famílias ainda é a masculina, embora tenha diminuído nos últimos dez anos. Em contrapartida, a proporção de mulheres chefes no total de famílias cresceu de 27,5% para 33,1%, entre 2007/08 e 2017/18. O aumento ocorreu em praticamente todos os arranjos familiares, mantendo maior concentração no tipo de família constituído por chefes sem cônjuge com filhos (13,2%) e de pessoas que moram sozinhas (8,9%).
 
Consulte aqui a íntegra da pesquisa.