Imprensa

28.04.2022

45% da população se manteve ocupada após dois anos de pandemia na RM de São Paulo

Entre 2019, antes da pandemia, e 2021, após dois anos de pandemia, 45% das pessoas de 18 anos e mais na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) permaneceram ocupadas em todo o período, um contingente de 6,25 milhões de pessoas. Três em cada quatro desses ocupados também não mudaram de trabalho, de acordo com estudo da Fundação Seade.

A pesquisa Trajetórias Ocupacionais, realizada pela Fundação Seade, tem por objetivo caracterizar o mercado de trabalho na RMSP, entrevistando as mesmas pessoas em três momentos diferentes – no último trimestre de 2019, antes da pandemia, e no mesmo período de 2020 e de 2021, durante a pandemia. A primeira entrevista foi realizada nas residências; a segunda e a terceira, por telefone.

Segundo o estudo, permaneceram desempregados ou inativos em todo o período, 21%, o que representa 2,84 milhões de pessoas. Já entre aqueles que mudaram de condição de atividade, 1,2 milhão de pessoas (9% do total) que estavam ocupadas em 2019 e em 2020 se tornaram desempregadas ou inativas em 2021, outros 1,2 milhão de pessoas (9% do total) estavam ocupadas em 2019, antes da pandemia, mas ficaram desempregadas ou inativas em 2020 e 2021.

Para 1 milhão de pessoas (7% do total) que estavam ocupadas em 2019, houve migração para o desemprego ou inatividade em 2020, mas voltaram a ser ocupadas em 2021. Conseguiram ocupação também em 2021, 569 mil pessoas (4% do total) estavam desempregadas ou inativas em 2019 e 2020.

Desigualdades de gênero, raça e escolaridade cresceram

Entre as pessoas que permaneceram ocupadas no período analisado, 57% são homens, invertendo participação no total da população, na qual as mulheres são maioria; 39% são negros, parcela inferior à existente na população ativa (45%); 79% têm entre 25 e 59 anos, indicando que a exclusão afetou mais os jovens e pessoas mais velhas; e 29% têm ensino superior completo, perfil de escolaridade muito maior ao da média da população ativa (19%).

Entre as pessoas que permaneceram desempregadas ou inativas em todo o período, o perfil é bem distinto do total da população ativa:

  • 77% são mulheres, muito acima da participação na população (53%);
  • 47% são negros, em proporção similar à deste segmento na população (45%);
  • 29% têm 60 anos e mais, perfil etário mais envelhecido que o da população;
  • 55% têm no máximo ensino fundamental completo, bem acima do total (36%).

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