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Taxa de migrantes de Sorocaba aumenta 140% em 12 anos, segundo Seade
Site G1, de Sorocaba – 27/08/2023
A taxa de migração de Sorocaba (SP) mais que dobrou entre 2010 e 2022. As informações são da Fundação Seade e considera os dados colhidos pelo último Censo, em comparação com os números de 2010.
De acordo com os dados, a taxa da cidade aumentou de 8,57 pessoas para cada mil habitantes entre 2000 e 2010 para 20,6 entre 2010 e 2022, chegando a uma porcentagem de aumento de 140%.
A socióloga e pesquisadora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Érica Regina Silva afirma que esse movimento de pessoas de uma cidade para outra ocorre por diversos fatores e que esses números, apesar de elevados, eram esperados para Sorocaba.
“A taxa de migração tem muito a ver com as propriedades, com a economia e com os movimentos de trabalho. Sorocaba teve um desenvolvimento exponencial. Então, era de se esperar que ela fosse uma fonte de atração da mão de obra. Toda vez que a gente vê fluxo migratório, eles estão muito relacionados com a questão da economia, da produção e do mercado em si.”
Ela diz que praticamente todas as cidades que apresentaram aumento nesse tipo de taxa também tiveram crescimento exponencial. A especialista comenta ainda que esse movimento começou na década de 1960, com consolidação em 1980, no fluxo de pessoas da zona rural para a urbana.
As taxas de migração são utilizadas para dimensionar o impacto do saldo migratório no volume da população de uma determinada área, ou seja, quantas pessoas saem ou entram na cidade em um determinado grupo de habitantes.
A cidade de Jundiaí (SP) também apresentou crescimento expressivo, mas em menor proporção.
De acordo com as informações da Seade, a taxa aumentou de 5,45 em 2010 para 8,09 em 2022, sempre levando em consideração que é para um grupo de mil habitantes. Em porcentagem, o aumento foi de 48,4%.
Dinâmica demográfica
A Fundação Seade afirma que a análise integrada das estatísticas do Registro Civil (Seade) com as populações censitárias (IBGE) permite identificar a participação dos saldos vegetativo e migratório na dinâmica demográfica.
“É visível o papel dominante do componente vegetativo no crescimento populacional e sua tendência declinante desde os anos 1980. Por outro lado, a estimativa do saldo migratório mostra forte redução na primeira década do século XXI e torna-se negativa entre 2010 e 2022, indicando saídas de migrantes superiores às entradas”, diz a entidade.
Ainda segunda o Seade, que é a agência de estatísticas do estado de São Paulo, entre 2010 e 2022, as estimativas dos saldos migratórios municipais indicam que 295 municípios apresentaram valores positivos e 350 negativos, ou seja, em mais da metade dos municípios paulistas as saídas superaram as entradas de migrantes.
Liderando a lista das maiores taxas líquidas de migração aparecem Bady Bassitt (44,1 migrantes por mil habitantes), Cedral (35,6) e Ilha Comprida (30,0). Por outro lado, as taxas negativas mais expressivas estão em Gastão Vidigal (-26,3), Irapuru (-21,9) e Queluz (-21,7).
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