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Situação dos jovens negros piora na pandemia
De acordo com estudo do Seade, as condições do mercado de trabalho se agravaram durante a pandemia, principalmente para os jovens negros. Entre 2019 e 2020, no Estado de São Paulo, o número de ocupados negros de 18 a 24 anos diminuiu quase o dobro (-22,0%) do observado para os não negros (-12,5%). Para os dois grupos, a ocupação chegou ao menor patamar desde 2012.
Historicamente, a taxa de desocupação dos negros é maior do que a dos não negros. A mesma relação se observa entre os jovens: em 2020, a taxa de desocupação dos negros de 18 a 24 anos era 4,7 p.p. maior do que a dos não negros na mesma faixa etária, diferença que correspondia a 2,6 p.p. em 2012.
Entre 2019 e 2020, a proporção de jovens que não estudam nem trabalham cresceu mais para os negros do que para os não negros, ampliando a diferença entre eles de 6,8 p.p. para 8,8 p.p. O desalento é motivo relevante para mais de 1/3 dos jovens negros estarem fora do mercado de trabalho e das escolas, muitos deles antes da conclusão do ensino médio.
Rendimento menor
Uma das razões para o desalento dos jovens decorre da falta de perspectivas em levar adiante os estudos e obter trabalho entre os mais bem remunerados. O rendimento médio efetivo recebido nos domicílios em que residem negros de 18 a 24 anos equivalia a R$ 4.102 em 2019, uma média de R$ 1.104 mensais por morador, abaixo do rendimento domiciliar verificado para os não negros, que foi de R$ 6.883, com média per capita de R$ 1.881.
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