Imprensa

02.05.2022

Serviços domésticos voltaram a crescer em 2021

Em 2021, o número de trabalhadoras domésticas remuneradas aumentou 9%, após forte redução em 2020, auge da crise sanitária e econômica. O crescimento ocorreu pelo aumento entre as trabalhadoras sem carteira assinada (13%) e pela estabilidade entre aquelas com carteira, de acordo com o estudo da Fundação Seade com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE.

O setor doméstico emprega 12% de mulheres ocupadas no Estado de São Paulo e no Brasil, e é composto por 92% de mulheres, que trabalham em serviços gerais – principalmente como empregadas ou diaristas – e outras atividades, como cozinheiras, babás e cuidadoras.

As características principais continuam sendo a maior participação de mulheres mais velhas (46 anos em média) e negras. Quanto à escolaridade, embora seja elevada a parcela que não concluiu o fundamental (40%), vem-se ampliando a proporção das que completaram o ensino médio (de 31%, em 2017, para 39%, em 2021).

Rendimentos e jornada
Entre 2020 e 2021, houve redução dos rendimentos médios efetivamente recebidos pelas trabalhadoras domésticas, tanto para as que possuíam carteira assinada (7%), como para as sem carteira (6%).
A jornada de trabalho das domésticas com carteira assinada é mais extensa do que a daquelas sem carteira: 38% trabalham mais de 40 horas na semana, enquanto entre as sem carteira assinada, 40% trabalham até 20 horas. Esses diferenciais de jornada se refletem diretamente nos rendimentos, pois, embora o valor médio por hora das domésticas sem carteira seja maior do que o das com carteira (R$ 10 e R$ 9, respectivamente), sua jornada menor resulta em rendimentos mensais 38,5% mais baixos.

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