Imprensa

23.05.2023

Serviços domésticos aceleram crescimento em 2022

Estudo da Fundação Seade com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad, do IBGE, revelou que a ocupação nos serviços domésticos cresceu 14% entre 2021 e 2022, alcançando 1,4 milhão de pessoas, ou 6% dos ocupados no Estado de São Paulo. Integram a categoria ocupações em serviços gerais, faxineiros, cozinheiros, governantas, babás, lavadeiras, vigias, motoristas particulares, jardineiros, acompanhantes de idosos, entre outras, desde que exerçam suas atividades no âmbito doméstico e sejam pagos diretamente pela família contratante.

Ainda de acordo com o levantamento, em dez anos diminuiu o emprego com carteira assinada (-29%) e aumentou o sem carteira (17%).

Em relação ao perfil desses trabalhadores, 91% são mulheres e predominam pessoas com 40 a 59 anos de idade (59%), negros (56%) e chefes de domicílio (53%). Apesar da maior concentração desses ocupados no ensino fundamental incompleto (41%), aqueles que conseguiram completar pelo menos o ensino médio passaram de 21%, em 2012, para a importante proporção de 38%, em 2022.

Jornada e rendimento

A jornada média dos trabalhadores nos serviços domésticos com carteira assinada, em 2022, era bem mais extensa do que a dos sem carteira (41 e 30 horas semanais, respectivamente); e, entre estes, os que contribuem para a Previdência Social trabalhavam mais horas (32) do que os que não contribuem (29). Esses trabalhadores também registraram maiores oscilações ao longo dos anos, indicando maior vulnerabilidade em períodos de retração econômica, sobretudo os resultantes da pandemia de Covid-19.

Em decorrência dos diferenciais de jornada, o rendimento por hora é mais adequado para comparação entre os segmentos. Após retração em 2021, o rendimento médio por hora cresceu principalmente para os sem carteira e sem contribuição para a Previdência (3%), embora permanecia com o menor valor (R$ 9,37) em 2022. Isto, somado a uma jornada menor (29 horas), justifica o rendimento médio mensal mais baixo: R$ 1.086, em comparação aos R$ 1.754 dos com carteira e R$ 1.348 dos sem carteira com contribuição.

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