Imprensa

05.02.2018

Seade divulga projeção de demanda por moradias até 2050

Estudo da Fundação Seade aborda a transição demográfica e demanda por moradias com projeção até 2050 de domicílios no Estado de São Paulo.
De acordo com a análise, o processo de transição demográfica da população brasileira e mais especificamente da paulista tem provocado rápida redução das taxas de crescimento populacional, determinando importante mudança em sua estrutura etária: diminuição das faixas etárias mais jovens no total da população paulista e expansão acelerada das faixas com idades mais avançadas. Esse processo, que combina queda acentuada da fecundidade, aumento contínuo da esperança de vida, transformações nos padrões de nupcialidade e família, dos arranjos domiciliares e de coabitação, reflete-se diretamente na demanda por novas moradias.
O dimensionamento do número de domicílios ocupados no futuro representa
relevante instrumento para a previsão de demandas em diversas áreas de planejamento, tais como habitação e saneamento.
As projeções realizadas para o Estado de São Paulo mostram que o volume de domicílios particulares ocupados atingirá patamar de 19.074.880 unidades, em 2050, o que representa um adicional de 6.247.727 domicílios em 40 anos, ou seja, uma média anual de 156.193 novos domicílios ocupados. Comparando-se com período de igual tamanho anterior a 2010, que contemplou taxas mais elevadas de crescimento populacional, verifica-se que, entre 1970 e 2010, o número de domicílios ocupados aumentou em 8.972.826 unidades, com uma média anual de 224.320 novos
domicílios ocupados.
A maior concentração de domicílios, em 2050, continuará na Região Metropolitana
de São Paulo, destacando-se a capital, seguida das Regiões de Campinas, Sorocaba e São José dos Campos. Os ritmos de crescimento são diferenciados regionalmente, mas o aporte absoluto permanecerá relativamente importante em todas elas.
Ao final do período de projeção (2040-2050), estima-se que os ritmos de crescimento regionais irão se igualar, com taxas reduzidas e próximas de zero. Somente a Região Metropolitana da Baixada Santista e a Região Administrativa de Registro se destacam, com aumento dos domicílios ocupados relativamente superior ao das demais regiões.
O número médio de moradores por domicílio diminuiu sistematicamente no Estado de São Paulo, reduzindo de um patamar superior a 5 moradores, entre 1940 e 1950, para 4,4, em 1980, 3,6 em 2000, 3,2, em 2010 e deverá manter esta tendência de queda sistemática até atingir o valor de 2,47, em 2050. Esse fenômeno está relacionado com vários fatores, tais como redução do número de crianças por família e mudanças nos padrões da nupcialidade e dos arranjos familiares/domiciliares. A tendência de aumento dos domicílios com pessoas idosas (com 1 ou 2 moradores) é outro fator associado, que é favorecido pelo processo de envelhecimento populacional.
Consulte aqui a íntegra da pesquisa.