Imprensa

08.05.2018

Seade atualiza os dados de saúde dos municípios

A Fundação Seade atualizou em seu site o Painel Saúde – Indicadores de Monitoramento e Avaliação. Trata-se de um sistema estruturado de informações que permite acompanhar um conjunto de indicadores estratégicos sobre a situação da saúde nos municípios do Estado de São Paulo, comparando-os com a média estadual, da região e com o resultado do período anterior. A atualização abrange o ano de 2016 e foi elaborada com base nos dados dos Cartórios de Registro Civil.
Seus relatórios estão organizados em quatro temas – Saúde da Criança, Saúde da Mulher, Controle de Doenças e Agravos Prioritários e Qualidade dos Serviços de Saúde – e os resultados são mostrados em tabelas, gráficos e mapas.
Os dados do Painel Saúde mostram que a mortalidade infantil registrou um de seus menores índices em todos os períodos observados no Estado de São Paulo: 10,9 óbitos infantis por mil nascidos vivos. Os óbitos infantis, divididos em três grupos etários (neonatal precoce, neonatal tardio e pós-neonatal), estão concentrados nos neonatais precoces, com quase 50% do total. Essa elevada proporção está, em geral, relacionada às insatisfatórias condições socioeconômicas e de saúde da mãe e à assistência inadequada do pré-natal, parto e recém-nascido.
Os Departamentos Regionais de Saúde – DRS de Sorocaba, Presidente Prudente, Barretos, Marília e Registro apresentaram as maiores taxas de mortalidade neonatal precoce, superiores a 6,5 óbitos por mil nascidos vivos. Já a Baixada Santista, apesar de não registrar uma mortalidade neonatal precoce tão elevada, detém a maior taxa de mortalidade infantil entre todos os demais departamentos, devido aos altos índices da mortalidade neonatal tardia e pós-neonatal (cerca de 3,4 e 4,5 óbitos por mil nascidos vivos, respectivamente).
Os DRSs de Campinas e São José do Rio Preto alcançaram os menores índices de mortalidade neonatal precoce (4,4 e 4,0 óbitos por mil nascidos vivos, respectivamente) e também são os que têm menores taxas de mortalidade infantil.
Quanto aos nascidos vivos com baixo peso ao nascer (menos de 2.500g), a proporção mantém-se estável ao longo dos anos e, com exceção do DRS de Registro, que registra o menor valor (6,66%) do Estado, nas demais regiões não se observam grandes alterações. A ocorrência de baixo peso está geralmente associada à duração de gestação.
A proporção de mães que passaram em menos de quatro consultas de pré-natal reduziu-se para 4%, em 2016, no total do Estado, avanço positivo que se observa também nos DRS. Apenas no DRS da Grande São Paulo a proporção excede em 20% a média estadual, sendo que alguns dos seus municípios se destacam por registrar ainda elevadas proporções, entre eles Carapicuíba, Ferraz de Vasconcelos e Osasco.
Consulte aqui o Painel Saúde.