Imprensa

19.05.2021

Região perde valor industrial no setor automobilístico, diz Seade

Jornal O Vale, de SJCampos – 19/05/2021
O Vale do Paraíba é a região do interior do estado de São Paulo que mais perdeu valor de transformação industrial no setor automobilístico entre 2003 e 2017, de acordo com pesquisa da Fundação Seade.
Nesse período, o levantamento mostra que a RMVale caiu de 21% para 12% na participação estadual ao mesmo tempo em que a região de Sorocaba aumentou de 5% para 9%, já ameaçando a terceira posição do Vale.
A RMVale está atrás da região de Campinas, que passou de 22% para 39,9% e tomou o primeiro lugar da RM São Paulo, que caiu de 50,9% para 35,9%.
Com isso, segundo a avaliação do Seade, observa-se um processo de interiorização do setor automobilístico no estado.
?A partir da análise da evolução da participação das regiões no valor de transformação industrial do setor, verifica-se que as regiões administrativas de Campinas e Sorocaba passaram juntas a contabilizar 49,2% do total estadual, absorvendo as quedas registradas pela Região Metropolitana de São Paulo e pela região de São José dos Campos (RMVale), no mesmo período?, informou o Seade.
Que completou: ?Esse movimento de interiorização do setor automobilístico reduziu a participação das cidades que compõem a região tradicional do ABC (São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema) de 33,3% para 22,9%?.
No ranking das cidades, São José dos Campos é a segunda com a maior participação no valor de transformação industrial no setor automobilístico em São Paulo, atrás de São Bernardo do Campo.
Os dois municípios, porém, registraram as maiores quedas do setor entre 2003 e 2017. A maior cidade do Vale despencou de 12% para 5% e São Bernardo caiu de 25,9% pata 17,1%. Antes a terceira com a maior participação do estado, Taubaté reduziu de 7% para 6% e perdeu a posição para os municípios de Piracicaba, Sumaré e Sorocaba, todos com aumento do valor de transformação industrial no setor automobilístico.
EMPREGO
O total de empregos nas montadoras na RMVale caiu de 13,3 mil em 2006 para 9,6 mil em 2017. A região era a segunda maior empregadora do estado em 2006, atrás apenas da Grande São Paulo, e agora perdeu o lugar para a região de Campinas, que tinha 11 mil empregos em 2017.
A situação do Vale ainda vai piorar com os números deste ano, com a saída da Ford de Taubaté e a perda de quase 800 empregos, números que ainda não foram contabilizados na pesquisa do Seade.