Imprensa

09.05.2022

Região de Araçatuba tem uma das maiores quedas de natalidade do Estado

Folha da Região, de Araçatuba – 06/05/22

No ano passado, 7.960 mulheres se tornaram mães na região de Araçatuba. Este número representa uma queda de 2,78% em relação a 2020, quando nasceram 8.188 crianças. O declínio fica ainda maior quando comparado com o ano de 2019, em que foram realizados 8.779 partos, chegando a uma redução de 9,32% em dois anos. A maior taxa de natalidade da região neste século foi registrada no ano 2000, quando nasceram 9.983 bebês. Ou seja, em 21 anos, a taxa de natalidade regional diminuiu 20,26%.

Estes números colocam a região de Araçatuba como uma das regiões do Estado com maior queda de natalidade. De acordo com dados divulgados ontem pela Fundação Seade, somente a região metropolitana da Capital tem um declínio maior. Os dados foram levantados pelo órgão com base nos dados dos Cartórios de Registro Civil. Em situação igual a de Araçatuba estão as regiões de Presidente Prudente, Marília e Campinas. As quedas foram menores em Bauru e São José do Rio Preto.

Projeção feita pela reportagem da Folha da Região estima que Araçatuba vai ter o dobro de idosos em relação a crianças e jovens a partir do ano de 2035. Esta mudança do perfil é resultado justamente desta redução gradual do índice de natalidade verificado nos últimos anos na cidade.

Considerando o histórico de nascimento e morte de pessoas nas últimas décadas, a entidade acredita que em 13 anos o município terá 51,4 mil moradores com 60 anos ou mais. As crianças e adolescentes de zero a 14 anos serão 25,8 mil. A população de 15 a 59 anos, no entanto, será predominante, com 114,8 mil pessoas nesta faixa etária. Há 22 anos, eram 39,7 mil crianças e adolescente e 18,7 mil idosos.

TENDÊNCIA

Esta redução do número de nascimentos, na região de Araçatuba segue uma tendencia. Em torno de 522 mil mulheres foram mães no Estado de São Paulo, em 2021. Pelo quarto ano consecutivo, o número de nascidos vivos apresentou declínio. Em relação ao ano anterior, houve redução de quase 30 mil nascimentos. Esta diminuição pode ser decorrência da combinação da queda da fecundidade e da decisão em adiar a gravidez frente à pandemia.

De acordo com a pesquisa, os nascimentos mensais indicam que a sazonalidade se manteve no período de 2019 e 2021, sendo que no primeiro semestre, em especial entre março e maio, o número de nascidos vivos supera ligeiramente o observado no segundo semestre.

No mesmo período, o número de nascidos vivos diminuiu em todas as regiões do Estado. A Região Metropolitana de São Paulo registrou a maior queda (12,5%), resultando em 36 mil crianças a menos, seguida pela região de Campinas, com retração de 8,5% (-7 mil crianças). As regiões situadas a oeste do Estado e a de Franca tiveram reduções entre 8% e 11%. Já os menores decréscimos ocorreram nas regiões Central e Sorocaba, com variações inferiores a 6%.

FECUNDIDADE

Em 2021, para cada mil mulheres de 15 a 49 anos, 43,5 tiveram filhos, sendo que essa taxa de fecundidade variou de 14,0 a 77,0 por mil entre os municípios paulistas. Entre os municípios com mais de 120 nascimentos, Bady Bassitt (77,3 por mil) e Barueri (71,7) apresentaram as maiores taxas, ao passo que as menores foram observadas em Pradópolis (31,1) e Monte Aprazível (30,9).