Imprensa

15.05.2023

Queda da mortalidade infantil

A Tribuna, de Santos – 14/05/2023

Um dos principais indicadores de qualidade de vida, a mortalidade infantil atingiu em Santos seu menor nível em uma década, de oito mortes por mil nascimentos, um excelente resultado, conforme A Tribuna publicou na edição deste sábado (13). Daqui para frente, o Município não deve se acomodar com o resultado, até porque, conforme este jornal acompanhou esse índice ao longo dos anos, a Cidade custou a melhorar seu desempenho, lembrando que se trata de um município de renda média elevada e indicadores sociais entre os melhores do País. Também se espera, como se trata de uma região metropolitana, que todos os prefeitos ampliem suas parcerias e troquem experiências para sempre diminuir o total de mortes de bebês.
No caso de Santos, o indicador de oito mortos a cada mil nascidos está abaixo do mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de dez por mil, o que é um grande feito. Uma consulta ao portal da Fundação Seade, do Governo do Estado, indica que Santos apresentou taxa de mortalidade infantil de 9,75 por mil em 2021 (dados mais recente do site).

Se os critérios forem rigorosamente os mesmos, o dado santista do ano passado divulgado pela Prefeitura, com oito de índice, se revela mais animador ainda. Deve-se lembrar ainda que a pandemia teve profundo impacto na saúde e no perfil socioeconômico das famílias, com redução da renda ou desemprego. De acordo com a Prefeitura, o programa Mãe Santista entra em ação quando o teste de gravidez na policlínica dá positivo, deflagrando uma rede de proteção, principalmente com o pré-natal e as duas maternidades municipais, nos hospitais Silvério Fontes e dos Estivadores, que apresentaram no ano passado taxa de mortalidade infantil, respectivamente, de 5,1 e 3,8 a cada mil nascidos.

No portal da Fundação Seade, também é possível fazer uma comparação entre os municípios, restringindo-se ao seu dado mais recente, de 2021. Santos (9,75) não é o melhor desempenho, com Cubatão apontando 7,22, Peruíbe, com 7,68 e Itanhaém, 9,47. Bertioga registrou 12,12, Praia Grande, 12,8, Guarujá, 16,08, e Mongaguá, o pior resultado, com 19,2. Fora da região, também em 2021, Campinas apontou 9,12, São José dos Campos, 9,3, e Ribeirão Preto, 9,44, enquanto a Capital cravou 10,42.

A Seade lembra que os índices podem oscilar, pois os níveis estão cada vez menores, principalmente nas cidades pequenas.É importante destacar o impacto dos investimentos em saneamento básico, saúde e educação para melhorar cada vez mais a qualidade de vida das famílias e o desenvolvimento dos bebês, cobrando das prefeituras o melhor destino das verbas públicas e quais são suas prioridades ano a ano.

As estatísticas são preciosas para se obter resultados, mas não se pode analisá-las friamente no caso da mortalidade infantil. A cada bebê morto há uma história a ser investigada para que essa tristeza não mais se repita.Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.Ver mais deste colunista