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Proporção de mães com mais de 30 anos quase dobra em 20 anos

Jornal DHoje, de Americana – 9/05/2021
 
O Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados e Estatísticas) divulgou uma pesquisa nesta semana sobre o perfil das mães paulistas. Em Rio Preto, embora a faixa etária principal das mães continue sendo dos 20 aos 29, o número de mães com mais de 30 anos vem em crescente nos últimos 20 anos.
Segundo o levantamento do Seade, em 2000, 2.922 mulheres que tiveram filhos naquele ano tinham de 20 a 29 anos (o equivalente a 56,7% das mães). Já em 2020, foram 2.530 mães com essa idade (46,1% dos nascimentos). Na contramão, o número de mulheres que deram a luz entre 30 e 39 anos cresceu nas últimas décadas. Em 2000, foram registrados 1.230 mães nesta faixa etária (23,9%) contra 2.327 em 2020 (42,4%), um aumento de 89,1%, quase o dobro.
Até o dia 19 de abril deste ano , Rio Preto contabiliza 881 nascimentos. Geice Carolina Fernandes Soares, 32 anos, teve a filha Maria Eduarda no mês de março deste ano. “Foi bem no início do lockdown. Estou no meu segundo casamento e fazia quatro anos que eu e meu marido planejamos ter um bebê. Infelizmente é um período complicado, com as restrições não foi possível receber visitas de amigos e familiares neste primeiro momento”, contou.
De acordo com o ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana, Luiz Fernando Gonçalves Borges a faixa etária ideal para engravidar é entre 25 a 35 anos. “Antigamente as mulheres engravidavam cedo, mas com a inserção das mulheres no mercado de trabalho houve uma mudança de comportamento. É preciso que a mulher fique atenta pois a partir dos 40 anos o óvulo começa ficar envelhecido e pode ocorrer o risco de má-formação embrionária. O acompanhamento médico é essencial durante a gestação, mas ainda mais no caso de mulheres com idade mais avançada, explicou.
No Estado de São Paulo, o ano de 2020 registrou um decréscimo no número de nascimentos em comparação com 2019, com fecundidade caindo de 1,7 filho por mulher para 1,6. Outro ponto de destaque é a redução na proporção de mães com menos de 20 anos (indo de 15% para 10%, entre 2010 e 2020) e o aumento do grupo com mais de 30 anos (passando de 34% para 43%, no mesmo período). A razão de sexo entre os recém-nascidos se manteve: hoje ela está em 105 meninos para 100 meninas, tendência notada também em outros países.