Imprensa

23.12.2020

PIB regional cresce 2,7% no ano e fica maior que o número do Estado de SP

Folha da Região, de Araçatuba – 22/12/2020
De acordo as estimativas do Seade, o PIB (Produto Interno Bruto) apresentou crescimento em 13 das 16 regiões do Estado de São Paulo no terceiro trimestre de 2020 na comparação com o trimestre imediatamente anterior, já descontados os efeitos sazonais. Araçatuba teve crescimento de 2,7% nos últimos 12 meses, superando o número estadual que fechou em um aumento de 0,7%. Os maiores aumentos foram verificados nas regiões de Campinas (16,4%), Sorocaba (10,0%) e Região Metropolitana de São Paulo (9,1%) ? esta última em patamares próximos, mas abaixo do crescimento verificado no Estado no mesmo período (9,4%).
As duas únicas regiões que apresentaram decréscimos são as de Itapeva (-2,6%) e Santos (-0,3%). A região de Marília apresentou estabilidade. No acumulado de 12 meses, o PIB do Estado diminuiu 0,7%. Nessa mesma base de comparação, ressalta-se a expansão do PIB nas regiões de Franca (8,1%), Barretos (3,0%) e Araçatuba e Marília com os mesmos 2,7%. Para o professor e pesquisador em economia local e regional, Marco Aurélio Barbosa de Souza, os dados levantados pela pesquisa da Fundação Seade evidenciam que o desempenho do PIB regional segue a tendência de crescimento observada para o conjunto da economia brasileira, no qual o PIB nacional apresentou crescimento e recuperação no terceiro trimestre do ano, após ter sofrido uma queda histórica no segundo trimestre impacto pela pandemia do novo coronavírus.
Dessa forma, o resultado representa uma gradativa recuperação econômica regional, tendo a região de Araçatuba exibido resultado mais expressivo que o conjunto do Estado de São Paulo no acumulado de 12 meses. O PIB estadual no acumulado dos 12 meses apresenta retração de 0,7%, enquanto que a região obteve crescimento de 2,7%. Do ponto de vista dos setores produtivos, os grandes destaques como alavancadores do desempenho do PIB regional, foram os setores da indústria e serviços (estando englobado o setor comercial), com crescimento acumulado nos últimos quatro trimestres de 4,3% e 2,7% respectivamente. São segmentos importantes para a economia local e representativos em relação a nossa estrutura produtiva com reflexos expressivos no estoque de empregos, no fluxo de contratação de demissão, na geração de renda e na arrecadação tributária que é necessária para as políticas públicas. Destaca o economista que apesar do resultado positivo representando pelo crescimento do PIB, são grandes os desafios para a recuperação da economia regional.
A crise impactou profundamente as economias locais, trazendo danos de curto, médio e longo prazo para os setores produtivos e para o sistema econômico e social. A pandemia escancarou problemas estruturais do sistema produtivo e acelerou mudanças tecnológicas que são impactantes em relação a empregabilidade e a criação de novos postos de trabalho, que são os grandes desafios para o ano de 2021.