Imprensa

25.02.2021

Pesquisa do Seade aborda mortalidade na infância

Estudo do Seade analisa a mortalidade na infância, que corresponde às mortes ocorridas em crianças antes de completarem cinco anos de idade, no Estado de São Paulo. O trabalho estuda dois grupos de nascidos vivos acompanhados durante cinco anos, apresenta principalmente as características das mães e das crianças que morreram nesse período. Mostra também as doenças infecciosas e parasitárias que ainda têm presença marcante entre as causas de morte neste grupo etário.
Resumidamente, as evidências apontam que:
• a cada cinco mulheres, mães de crianças que foram óbito, duas tiveram menos de 32 semanas de gestação, mais da metade submeteu-se ao parto cirúrgico e fez menos de sete consultas de pré-natal. Esse conjunto sugere maior risco de morte do recém-nascido e na infância;
• há redução do risco de morte entre os dois grupos analisados em períodos diferentes sendo a maior redução no grupo de menores de um ano;
• quase a totalidade das crianças que foram a óbito nasceu em hospital, perto da metade nasceu com menos de 1.500 gramas, e um oitavo não chegou a completar cinco anos;
• um quinto dos óbitos ocorridos nos dois grupos tiveram como causa básica de morte as doenças infecciosas e parasitárias, destacando-se, em primeiro lugar, as infecções específicas do período perinatal, seguidas pelas pneumonias e broncopneumonias, e as septicemias em terceira posição;
• houve aumento do risco de morte na infância por diarreias, septicemias e infecções específicas do período perinatal.
Os dados apresentados indicam que as probabilidades de morte na infância ainda são elevadas, em grande parte devidas à ocorrência de causas evitáveis relacionadas aos cuidados em saúde materna e infantil. Políticas públicas de saúde e intervenções intersetoriais devem ser continuadas e aprimoradas para a maior redução da mortalidade na infância no Estado de São Paulo.
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