Imprensa

05.04.2019

Pesquisa analisa a indústria paulista

As regiões que mais se beneficiaram com a desconcentração da indústria no Estado foram as de Campinas e Sorocaba

 
Estudo da Fundação Seade traz informações municipais sobre o desempenho dos setores de atividade da indústria paulista sob a ótica do Valor da Transformação Industrial – VTI, entre 2003 e 2016. O VTI é a riqueza produzida pela atividade industrial.
No período, houve recuo de 40,6% para 30,9% na contribuição da indústria da Região Metropolitana de São Paulo no VTI estadual. Esse movimento deveu-se, especialmente, à redução da contribuição do município de São Paulo, de 14,8% para 9,0%, e dos municípios da região do Grande ABC, cuja participação regrediu de 11,4% para 7,2%. Essas perdas são consequência da reestruturação do setor metal-mecânico e da cadeia produtiva automobilística da área metropolitana, assim como da instalação de novas unidades no interior do Estado.
A região de Campinas foi a que mais se beneficiou com essa desconcentração, avançando sua participação no VTI paulista de 25,5% para 30,2%. Esse crescimento foi mais expressivo nas aglomerações urbanas de Piracicaba (de 4,2% para 6,1%) e Jundiaí (de 2,9% para 4,4%) do que na Região Metropolitana de Campinas (de 15,8% para 16,1%).
Também se beneficiaram com esse processo a região de Sorocaba, que aumentou sua contribuição no VTI estadual de 4,7% para 6,8%, e os municípios fora das regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, que ampliaram sua participação de 13,6% para 19,3%.
Em relação aos setores de atividade, em produtos químicos, segundo em participação no VTI do Estado, Paulínia avançou de 8,0% para 9,3%, assumindo o 2º lugar no ranking dos 20 principais municípios, pouco abaixo de São Paulo, com 9,5%.
Apesar de queda de 25,9% para 16,4%, São Bernardo do Campo manteve-se na 1ª posição no ranking do segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias. Piracicaba assumiu o 2º lugar com participação de 7,2%, à frente de Sumaré (6,9%) e Sorocaba (6,5%) que também tiveram avanços expressivos.
Itapevi atingiu o 1º lugar no ranking de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, avançando de 2,5% para 16,1%. São Paulo perdeu a liderança com queda acentuada (de 30,5% para 8,8%), passando para o 4º lugar, atrás de Guarulhos (2º) e Hortolândia (3º).
Pindamonhangaba teve importante crescimento em metalurgia, assumindo a 1ª posição no ranking ao passar de 13,0% para 22,8%, ultrapassando Cubatão, que variou de 20,1% para 10,8%.
Em equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos, Campinas assumiu a 1ª posição no ranking, avançando de 19,1% para 22,2%. Jundiaí teve crescimento acentuado e alcançou o 2º lugar, com participação de 11,4% em 2016.
Conheça aqui a íntegra da pesquisa.