Imprensa

12.04.2018

Paulistas estão se casando menos

Houve queda de 3% entre 2015 e 2016 nos registros legais; em relação a 2013, aumentaram os casamentos homoafetivos em 6,5% e uniões entre homens mais novos e mulheres com mais idade passaram de 21% no início dos anos de 1990 para 26% em 2016.

O boletim SP Demográfico nº2, abril/2018, da Fundação Seade, aborda a evolução das estatísticas de casamentos no Estado de São Paulo, em 2016, com base nas informações dos Cartórios de Registro Civil.
O estudo aponta declínio nos casamentos legais depois de período de tendência crescente em praticamente todos os anos das décadas de 2000 e 2010. Nesse ano de 2016, foram registrados 296.546 casamentos, 8.845 a menos que o registrado no ano anterior (305.391), com queda de quase 3% no volume.
Do total de casamentos civis registrados, 2.094 eram de pessoas do mesmo sexo. Esse tipo de união adquiriu status jurídico semelhante ao da união entre homem e mulher em 2011, por decisão do Supremo Tribunal Federal e, em 2013, por regulamentação do Conselho Nacional de Justiça, quando ficou estabelecido que todos os cartórios do país passariam a fazer o registro das uniões homoafetivas regularmente.
Em relação a 2013, quando foi medido pela primeira vez, o casamento entre pessoas de mesmo sexo apresentou crescimento de 6,5%, sobressaindo a ocorrência entre mulheres, que passou de 1.052 para 1.202, com incremento de 14%. Já as uniões entre homens reduziram 2,4%, ao passar de 914 para 892. Em termos relativos, esse tipo de união manteve o mesmo percentual de anos anteriores, respondendo por 0,7% do total dos casamentos realizados no Estado.
A idade média ao casar tem aumentado sistematicamente desde o início dos anos 2000 e, em 2016, alcança 33,9 anos, para o sexo masculino, e 31,3 anos, para o feminino. Tal comportamento pode decorrer do maior tempo dedicado aos estudos, a busca pela inserção no mercado de trabalho e a estabilidade financeira.
O casamento de homens com mulheres mais jovens, mesmo sendo a ocorrência mais frequente, tem perdido espaço nos últimos anos para as uniões de homens mais novos que suas mulheres. No início dos anos 1990, esse percentual girava em torno de 21% dos eventos, enquanto em 2016 atinge patamar de 26,0%. Nesse caso, a diferença entre as idades dos cônjuges apresentou-se ligeiramente mais elevada do que a média do total de casamentos, situando-se próxima a cinco anos: 35,8 anos para as mulheres e 31,2 para os homens.
Em 2016, mais da metade dos casamentos (55%) foram realizados nos meses do último semestre do ano, sendo dezembro (11,6%) o mais procurado, seguido por novembro (10,3%) e outubro (9,8%). Os meses mais evitados foram janeiro (7,3%), fevereiro (6,25), março e agosto (ambos com 7,0%).
Quanto ao dia da semana, sábado foi indubitavelmente o preferido, com praticamente metade das uniões realizadas. Entre as uniões homoafetivas do sexo masculino, esse percentual chegou a 54%. Domingo foi o dia de menor incidência, não alcançando 1,0% das uniões.
Consulte aqui a íntegra da pesquisa.