Imprensa

06.04.2022

Nove entre dez residências paulistas estavam conectadas à Internet em 2020

Em 2020, no estado de São Paulo, nove entre dez residências estavam conectadas à Internet, ou seja, 89% dos domicílios possuíam acesso à rede, o que representa cerca de 13,6 milhões de residências. Tal resultado revela incremento significativo em relação ao ano anterior, cuja proporção de domicílios conectados foi de 76%. Esse estudo inédito, resultado da parceria entre a Fundação Seade e o Cetic.br|NIC.br, analisa a disponibilidade de dispositivos e a adoção das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no estado.

A expansão no acesso à rede pode estar associada à pandemia, que exigiu a ampliação da conexão à rede em decorrência das medidas de isolamento social e do avanço das práticas de trabalho e de ensino remotos.

Infraestrutura nos domicílios

De acordo com a pesquisa, as residências paulistas continuam sendo servidas preponderantemente por banda larga fixa (67%) e conexão móvel via modem ou chip (24%). São tipos de conexões bastante distintas quanto às oportunidades que propiciam aos usuários visto que a conexão à Internet pela rede móvel encontra condições mais restritas.

Elevou-se em 10% a quantidade de domicílios que gastam mais de R$ 100 na sua conectividade, enquanto diminuiu a proporção de residências que alocam até R$ 60 para acessar a Web. Os efeitos da pandemia podem ser associados ao aumento no gasto para conexão à Internet.

Entre 2019 e 2020 houve um aumento na proporção de domicílios com computadores conectados à Internet, presente em mais da metade das residências (54%). Esse incremento pode estar associado à necessidade de realização de atividades como trabalho remoto ou estudo à distância.

Necessário salientar a redução de dez pontos percentuais na proporção de domicílios que não possuem nem computador nem conexão à Internet (11%), reduzindo sua participação à metade do registrado no período pré-pandemia (21%).

Contudo, em 35% das unidades (cerca de 6,6 milhões de residências) há conexão com Internet, mas não a presença de computadores. Isso sugere acesso à Web apenas pelo celular nesses domicílios, impactando atividades como ensino e trabalho remotos.

 Acesso individual à Internet

A ampla maioria dos residentes com mais de 10 anos em São Paulo (83%) é usuária da Internet, correspondendo a quase 34 milhões de pessoas, com incremento de seis pontos percentuais em relação ao período pré-pandemia (77%).

Esse aumento está associado às necessidades decorrentes das medidas de distanciamento social e migração de diversas atividades para o ambiente digital. Houve ainda suspensão de atendimento presencial em serviços públicos e no comércio e exigência de instalação de aplicativos em celulares, para acesso a benefícios como o Auxílio Emergencial.

Por outro lado, apesar de reduzido (12%), persiste no Estado o cômputo de 4,7 milhões de pessoas que declararam nunca ter acessado a rede, índice inferior ao registrado em 2019 (19%).

 

O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR é responsável pela produção de indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da Internet no Brasil, divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da rede no País. O Cetic.br|NIC.br é, também, um Centro Regional de Estudos sob os auspícios da UNESCO, e completou 16 anos de atuação em 2021.  O Seade – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados é a agência paulista de estatísticas que há mais de 40 anos coleta, analisa e dissemina dados sobre o Estado de São Paulo. No início de 2020, as instituições celebraram um convênio para compartilhar informações, aperfeiçoar metodologias e desenvolver pesquisas e análises em conjunto.

 
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