Imprensa

22.02.2021

Na RMSP, 28% tiveram sua situação no mercado de trabalho alterada pela crise

O estudo do Seade com os resultados da pesquisa Trajetórias Ocupacionais mostra que a crise causada pela pandemia reduziu fortemente as oportunidades de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo – RMSP. No intervalo de apenas um ano, a parcela de pessoas ocupadas decresceu de 69% para 59% da população ativa de 18 anos e mais, resultando em um contingente de ocupados menor em 1,37 milhão de pessoas. A taxa de desemprego cresceu de 12,4% para 18,4%.
A pesquisa Trajetórias Ocupacionais foi realizada para captar informações comparando a inserção das mesmas pessoas no mercado de trabalho em dois momentos distintos. Elas foram entrevistadas no último trimestre de 2019 e novamente no mesmo período de 2020. A primeira entrevista foi realizada nas residências; a segunda, por telefone, devido à pandemia.
De acordo com o estudo, 28% das pessoas haviam mudado de condição de atividade, ou seja, 3,88 milhões de pessoas tiveram sua forma de inserção no mercado de trabalho alterada no intervalo de apenas um ano.
No período analisado predominaram os fluxos para uma condição de atividade mais adversa. Apenas 7% das pessoas migrou para uma situação mais favorável, passando de desempregado ou inativo em 2019 para ocupado em 2020.
O estudo destaca que:
• uma em cada quatro pessoas ocupadas em 2019 perdeu seu trabalho, sendo que 10% ficaram desempregadas em 2020 e outras 14% interromperam a procura de trabalho, migrando para inatividade;
• entre os que estavam desempregados em 2019, apenas 36% conseguiram trabalho em 2020. Outros 23% desistiram de procurar trabalho e foram para inatividade.
Entre aqueles que estavam ocupados em 2019, a parcela de homens que conseguiu se manter ocupada em 2020 é muito maior que entre as mulheres. O segmento de jovens que perderam o emprego e se tornaram desempregados em 2020 é quase o dobro dos adultos. Além disso, entre as pessoas com ensino superior completo, a parcela que se manteve ocupada em 2020 é muito maior que entre os demais perfis de escolaridade.
Já em relação aos que estavam desempregados em 2019, as mulheres foram as que menos conseguiram trabalho em 2020. Quase um terço delas desistiu de procurar trabalho e foi para a inatividade. Entre os jovens, o grupo que permaneceu desempregado é maior que entre os adultos.
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