Imprensa

04.01.2022

Morte na 3ª idade é baixa da região de Campinas

Correio Braziliense – 26/12/2021

A Região Administrativa (RA) de Campinas, composta por 58 municípios, registrou em 2020 um dos menores índices de mortes de pessoas de 60 anos ou mais do Estado de São Paulo, em plena pandemia do coronavírus. De acordo com o estudo mais recente divulgado pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), a região registrou 34,9 mortes de idosos a cada mil moradores, superando a capital paulista (37,2). Considerando apenas o município de Campinas, a taxa foi ainda menor, com 33,6 mortes por mil habitantes dessa faixa etária. A cidade tem cerca de 145 mil idosos. A média do estado foi de 37,1.

O demógrafo da Fundação Seade, Carlos Eugênio Carvalho Ferreira, disse que os índices obtidos por Campinas foram positivos e significam que as políticas públicas adotadas pelas autoridades do município no período mais forte da pandemia foram acertadas. “Campinas sempre registrou índices de mortalidade inferiores à média do Estado em todos seus níveis e, no ano passado, não foi diferente. Isso se deve a boa estrutura hospitalar da cidade e adoção de políticas públicas adequadas”, comentou. Ferreira revelou que, em 2019, Campinas tinha um índice de mortalidade de sua população idosa de 30,1 por mil (uma das menores do Estado) e, no ano seguinte, o índice saltou para 33,6, o que já evidencia um pequeno crescimento devido ao avanço da pandemia.

Segundo o infectologista da Unicamp, André Giglio, é difícil fazer comparações com os indicadores porque eles são multifatoriais, “mas em Campinas o que podemos citar é que a cidade procurou seguir as recomendações do Estado e, em alguns momentos, chegou a ser mais rigorosa do que as regras de prevenção do governo do Estado de São Paulo”. Para Giglio, os riscos da nova variante Ômicron trazem maior preocupação entre a população idosa e a não vacinada ainda com a terceira dose.

O infectologista da Unicamp comentou ainda que os riscos de morte em pessoas não vacinadas ou com duas doses da vacina aumentam com a nova cepa do vírus, conforme os estudos iniciais já apontados pelos infectologistas que estudam a variante descoberta na África do Sul. “As autoridades têm que aplicar a terceira dose o mais rápido possível, principalmente na população idosa”.