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09.08.2023

Investimentos públicos e privados da última década preparam Campinas para o futuro

Correio Popular – 8/08/2023

Os investimentos feitos na última década, tanto privados quanto públicos, preparam Campinas para o futuro. Eles estão ligados ao desenvolvimento sustentável, tecnologia e modernização e ampliação da infraestrutura da cidade, aponta o estudo “Panorama de Investimento no Município de Campinas (2012-2022)”, feito pelo Observatório PUCCampinas com base no banco de estudos do Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). “São investimentos importantes no sentido dinâmico e socioeconômico, com forte participação da indústria, serviços intensivos em conhecimento e tecnologia e de infraestrutura”, diz o economista Cristiano Monteiro da Silva, autor do trabalho e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas.

De acordo com o estudo, o município se destaca pelos recursos destinados à implantação de novos projetos, que representam 57% do volume aplicado no período analisado. Os outros 43% foram destinados para ampliação, ampliação/modernização e modernização. O levantamento é focado na dinâmica de investimento em atividades, destinação setorial e condições socioeconômicas para o emprego, sem entrar na identificação dos empreendimentos.

Segundo a análise, a implantação mostra resultado em diferentes níveis de criação de empresas de diversos portes ou de unidades locais. A abertura de novos negócios ou de filias se destacou principalmente no setor de comércio, representando 96% do total, enquanto na indústria é de 63% e no setor de serviços, 59%.

SEGMENTOS

No segmento industrial, o estudo do Observatório PUC-Campinas destaca que os investimentos na última década se concentraram em veículos elétricos e novas fontes renováveis de energia, “alinhados aos sentidos do desenvolvimento sustentável, bem como aos novos paradigmas tecnológicos assumidos na dinâmica da indústria, no plano mundial.” Nesse campo, dois investimentos feitos por uma empresa chinesa em Campinas somaram US$ 163 milhões (R$ 800 milhões) e geraram cerca de 650 empregos.

Na primeira fase, a companhia instalou em Campinas uma fábrica de ônibus elétricos, baterias e novas energias, que recebeu aporte de US$ 113 milhões (R$ 555 milhões). A segunda etapa de implantação incluiu uma fábrica de placas de energia solar fotovoltaica, que recebeu mais US$ 50 milhões (R$ 245 milhões). “O principal motivo para estarmos aqui é o DNA da cidade de inovação e tecnologia”, explicou a vice-presidente global da empresa e presidente para as Américas, Stella Li.

Especializada em veículos elétricos e baterias recarregáveis, a companhia tem 180 mil funcionários em 11 parques industriais em toda a China. A unidade em Campinas foi a primeira no Brasil e a terceira fora do território chinês. No mês passado, a empresa anunciou um investimento de R$ 3 bilhões em Camaçari (BA) para instalação de sua primeira fábrica de automóveis elétricos fora da Ásia. Essa unidade, que deverá entrar em operação no segundo semestre de 2024, deverá gerar cerca de 5 mil empregos.

Entre 2012 e 2022, o setor de serviços representou cerca de 70% do valor total de investimentos confirmados em Campinas, aponta o estudo do Observatório PUC-Campinas. Nessa área, destacam-se os segmentos de pesquisa e desenvolvimento científico, atividades de atenção à saúde humana, tecnologia de informação e educação.

O maior investimento nessa área foi a instalação de um data center de uma instituição financeira, que ocupa uma área de 800 mil metros quadrados. Ele passou a concentrar em Campinas todo o seu banco de dados, incluindo o processamento e armazenamento. A empresa destinou US$ 492 milhões (R$ 2,41 bilhões) para essa unidade, que pode armazenar um volume superior a 5 Petabytes, com capacidade de processar uma média de 210 milhões de transações diárias.

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