Imprensa

24.06.2021

Impacto da pandemia também alcança os ocupados

De acordo com pesquisa do Seade, do total de pessoas ocupadas ao final de 2020, na Região Metropolitana de São Paulo, 7,3 milhões já se encontravam nessa situação em 2019. Esse conjunto é composto por duas situações: as 6,3 milhões pessoas que conseguiram se manter no mesmo trabalho ou negócio durante esse ano de crise; e o 1,0 milhão de pessoas que conseguiram uma nova ocupação no período, apesar da pandemia. Esses dois grupos são bem distintos em termos de atributos pessoais e de características da inserção produtiva, confirmando a diversidade dos impactos da crise da Covid-19 no mercado de trabalho metropolitano.
Perfis dos ocupados que permaneceram e que mudaram de trabalho são diferentes
Mais da metade dos que se mantiveram no mesmo trabalho entre 2019 e 2020 são pessoas com mais de 40 anos e não negras.  Em contrapartida, os ocupados que mudaram de trabalho são mais jovens – 60% têm menos de 40 anos – e metade são negros.
As diferenças no perfil de escolaridade mostram que o impacto da pandemia foi maior entre os trabalhadores mais vulneráveis. Entre aqueles que mudaram de trabalho, um terço tinha, no máximo, ensino fundamental completo. Em contraposição, entre os que permaneceram no mesmo trabalho, 29% tinham ensino superior completo, proporção maior que entre os que mudaram de trabalho (21%).
Qualidade da inserção dos ocupados que permaneceram no mesmo trabalho é maior do que a dos ocupados com mudança de trabalho
Entre os ocupados que permaneceram no mesmo trabalho, 55% tinham emprego assalariado com carteira assinada e apenas 12% eram conta própria ou autônomos sem formalização (registros no CNPJ ou MEI). Entre os que mudaram de trabalho, a situação é de maior fragilidade, pois apenas 34% conseguiram trabalho com carteira assinada e 37% atuavam como conta própria, com predomínio dos que não tinham nenhum tipo de formalização.
Parcela maior de ocupados com mudança de trabalho recebeu Auxílio Emergencial
O Auxílio Emergencial do governo federal foi recebido por 30% dos ocupados que mudaram de trabalho ou negócio em 2020, parcela maior que a de ocupados que permaneceram no trabalho (16%). Por outro lado, enquanto 9% dos que permaneceram no mesmo trabalho foram beneficiados pelo programa emergencial de manutenção do emprego e da renda (Bem), entre os que mudaram de trabalho apenas 2% foram beneficiados pelo programa.
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