Imprensa

23.11.2020

Expectativa de vida em SP aumenta 17,7 anos em meio século

Jornal da Cidade de Bauru – 22/11/2020
Estudo recente da Fundação Seade sobre a esperança de vida ao nascer no Estado de São Paulo, revela que em 2019 o indicador correspondia a 76,4 anos e que a sua evolução revela expressivo avanço na longevidade ao longo das últimas cinco décadas. Nesse meio século, houve aumento de 17,7 anos na expectativa na população em geral, sendo que entre 2000 e 2019, apenas, o incremento foi de 4,8 anos, “confirmando a tendência ascendente da expectativa de vida paulista”, nas palavras do órgão.
Em todas as faixas etárias
Os números detalhados por idade apontam acréscimos de esperança de vida em todas as faixas etárias. Crianças de 10 anos ampliaram sua esperança de vida de 66,1 anos em 1970, para 77,4 anos em 2019, enquanto jovens de 30 anos passaram de 67,7 para 78,3 anos, nesse mesmo período. Pessoas idosas com 70 anos estenderam sua expectativa de vida de 78,9 para 84,3 anos. “Além da redução continuada da mortalidade na infância, com impacto imediato na sobrevivência entre os mais jovens, também ficam evidentes fortes progressos nas demais faixas etárias da população residente no Estado”, divulgou o órgão.
Homens e mulheres
Em 2019, a esperança de vida feminina era de 79,4 anos e a masculina de 73,3 anos, com uma diferença de 6,1 anos entre os sexos, inferior à registrada em 2000, que era de 9,0 anos. Segundo a Fundação Seade, a diminuição da diferença entre os sexos está diretamente associada à queda da mortalidade masculina, em especial as causas de morte relacionadas a agressões e acidentes de transporte, favorecendo, principalmente, a sobrevivência da população masculina jovem. De fato, indicadores de segurança nesse período denotam queda na escalada da violência, que atinge em cheio a população jovem masculina.
Nas regiões
As maiores esperanças de vida ao nascer são verificadas nas regiões de Ribeirão Preto (77,0 anos), Campinas (76,9) e São José do Rio Preto (76,8), enquanto as menores aparecem na Região Metropolitana da Baixada Santista (74,7) e nas regiões de Itapeva (74,8) e Registro (75,4). A diferença entre os valores regionais extremos, em 2019, foi de 2,3 anos, menor do que a observada em 2000 (4,5 anos). “Essa redução sugere tendência de aproximação regional, resultante de ganhos expressivos em regiões com menores níveis de longevidade”, afirma a Seade.