Imprensa

23.11.2020

Estudo inédito aborda o uso das novas tecnologias pelas pequenas e médias empresas paulistas

Estudo inédito, resultado da parceria entre o Seade e o Cetic.br/NIC.br, aborda a difusão das novas tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas empresas paulistas com dez ou mais pessoas ocupadas, o que corresponde a um conjunto de 120 mil estabelecimentos no Estado de São Paulo em 2019.
Entre os tipos de conexão à internet, a fibra ótica está mais presente nas empresas maiores (92,6%), enquanto a conexão via linha telefônica aparece mais nas menores (53,3%). Entre estas, 72,3% acessam a internet via fibra ótica, 50,4% via cabo e 47,0% via modem (3G ou 4G).
Tão ou mais importante que o tipo de conexão é a velocidade para download contratada pela empresa. A pesquisa indica que 45,1% das empresas dispõem de velocidade na faixa entre 1 Mbps e 30 Mbps, adequada apenas para operações mais simples, como realização de pesquisas na internet, upload e download de arquivos leves, uso de e-mails e navegação em redes sociais.
Já os recursos para operações mais complexas (velocidades acima de 30 Mbps) estavam disponíveis para 51,7% das empresas, sendo que 27,9% contavam com acesso a redes com capacidade entre 30 e 100 Mbps (indicada para transferência de arquivos mais pesados, atualização de sites, realização de videoconferências e acesso a serviços de streaming) e 23,8% acima de 100 Mbps (operação de vendas, envio de arquivos, uso de câmeras e comércio eletrônico).
Vendas pela internet
No universo das empresas menores, a proporção das que realizam vendas pela internet é de 58,8%, similar à das empresas entre 50 e 249 pessoas ocupadas, mas superior à das grandes empresas (52,7%). Entre os pequenos e médios negócios, o comércio eletrônico constitui a alternativa mais comum para a realização de vendas.
O uso de mensagens de WhatsApp, Skype ou chat do Facebook é apontado por 43,0% das empresas com 10 a 49 pessoas ocupadas, proporção maior do que a verificada naquelas com 50 a 249 pessoas ocupadas (36,4%) e nas com mais de 250 (22,7%).
Website e redes sociais
Entre as empresas com 10 a 49 empregados, 62,6% dispõem de website, proporção menor do que as verificadas para aquelas com 50 a 249 empregados (85,1%) e para as empresas com 250 ou mais pessoas ocupadas (93,1%). Por outro lado, não se observam diferenças significativas entre empresas de diferentes portes sobre os usos das páginas na internet, tais como a disponibilização de dados sobre contatos, mapa, endereço, links para redes sociais e catálogo de produtos.
Sobre o uso de redes sociais, 76,4% das empresas com 10 a 49 empregados possuem perfil próprio, porcentual não muito distante daqueles observados para as empresas com 50 a 249 empregados (81,2%) e 250 ou mais pessoas ocupadas (84,2%).
Barreiras
Em relação às barreiras para realização de vendas, entre as empresas de menor porte que acessaram a internet nos últimos 12 meses, 49,7% avaliaram que seus produtos não são adequados para vendas online e 51,7% indicaram a preferência pelo modelo de comércio presencial, percepção que pode ser reforçada pela baixa demanda de compras pela internet (35,2%).
Fatores relacionados à disponibilidade de recursos financeiros ou problemas operacionais foram citados pelas empresas menores em proporção superior à daquelas de maior porte: alto custo de desenvolvimento e manutenção (39,1%); estrutura não adequada do site (30,1%); e questões de segurança (26,9%).
 
O Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação) – departamento do NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR) e ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) – tem a missão de monitorar a adoção das tecnologias de informação e comunicação no Brasil.
O Seade – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados é a agência paulista de estatísticas que há mais de 40 anos coleta, analisa e dissemina dados sobre o Estado de São Paulo. No início de 2020, as instituições celebraram um convênio para compartilhar informações, aperfeiçoar metodologias e desenvolver pesquisas e análises em conjunto.
Consulte aqui a íntegra do estudo.