Imprensa

12.03.2019

Estudo do Seade aborda a economia criativa paulista

Em 2016, a economia criativa paulista gerou 4,4% do valor adicionado produzido no Estado

 
O boletim Ensaio e Conjuntura da Fundação Seade propõe uma definição da cadeia da economia criativa paulista mensurando seu desempenho entre 2012 e 2016, sob a ótica do valor adicionado e do emprego formal.
Os setores criativos paulistas são estruturados em cinco grupos: Tecnologia da Informação – TI criativo; mídia (edição e impressão e audiovisual); criações funcionais (publicidade e propaganda, arquitetura e design, moda e P&D criativo); artes (artes visuais, plásticas e escritas e artes performáticas) e patrimônio (museus e bibliotecas).
Com base em pesquisas realizadas pelo IBGE, estima-se que a economia criativa paulista, considerados quatro dos cinco grupos (TI criativo, mídia, criações funcionais e arte) tenha gerado, em 2016, R$ 75,7 bilhões de valor adicionado (VA), ou seja, 4,4% do VA produzido no Estado.
Seu peso na economia paulista pode ser avaliado a partir da comparação com outros setores econômicos. Tendo como base 2016, o valor adicionado produzido pela cadeia da economia criativa atingiu quase um terço do VA da indústria de transformação do Estado, que foi de R$ 260 bilhões, ficando à frente da participação no VA de segmentos como alimentos (1,9%), material de transporte (1,4%), máquinas e equipamentos (1,1%), farmoquímico e farmacêutico (1,1%) e refino de petróleo (1,6%). O desempenho da economia criativa situou-se bem acima do resultado alcançado pela agropecuária (2,1%) e pela produção e distribuição de energia elétrica, gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,7%). A participação da cadeia foi igual ao resultado da construção civil (4,4%) e pouco abaixo do segmento de transporte, armazenamento e correio (4,9%).
A participação do conjunto das atividades de TI criativo, mídia, criações funcionais e artes no VA do Estado de São Paulo apresentou tendência descendente ao longo do período. Entre 2012 e 2014, nota-se perda de 0,3 p.p. no seu peso, que passou de 5,0% para 4,7%. Na fase recessiva, a queda se manteve e, em 2016, a sua participação no VA total do Estado de São Paulo atingiu 4,4% (-0,3 p.p. em relação a 2014).
De modo geral, os segmentos de mídia e criações funcionais explicam estes resultados em função das reduções nas atividades de audiovisual, edição e impressão e moda. Nos segmentos de TI criativo e artes o desempenho foi positivo, o que impediu que a retração da participação da cadeia da economia criativa no VA do Estado de São Paulo fosse mais pronunciada.
Em 2012, os setores criativos totalizavam quase 678 mil empregos, 4,9% dos cerca de 13,8 milhões de empregos formais do Estado de São Paulo; em 2016, houve pequena queda nessa participação, que recuou para 4,5%, somando pouco mais de 591 mil empregos. Foram cerca de 86 mil empregos a menos, embora o grupo TI criativo tenha gerado quase 11.000 empregos no período. Em 2016, o segmento de moda era responsável por 44,9% dos empregos criativos, seguido de longe pelo grupo TI criativo (22,6%) e pelo segmento de publicidade e propaganda (11,6%).
O rendimento médio pago no núcleo da economia criativa paulista era de R$ 3.353,92, em 2016, próximo ao valor pago para o total dos empregos formais no Estado de São Paulo (R$ 3.160,48). Com concentração elevada de empregos e rendimento médio entre os menores da cadeia criativa, o segmento da moda exerce influência decisiva no cálculo desses valores. Se o segmento for excluído dos cálculos, o rendimento médio no núcleo atinge R$ 4.711,31, significativamente acima do pago no Estado.
Consulte aqui a íntegra do estudo.