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19.08.2020

Envelhecimento: estudo aponta para mudanças no perfil da população de SP

O Diário, de Mogi das Cruzes – 19/08/2020
Entre os anos 2020 e 2050, a população do Estado de São Paulo deverá aumentar apenas 6%, passando dos atuais 44,6 milhões de habitantes para 47,2 milhões, segundo o mais recente estudo demográfico da Fundação Seade, divulgado nesta semana. Os dados apontam tendências diferentes de crescimento entre os grupos etários. Por exemplo, entre os menores de 39 anos, até 2050 haverá redução de 20% no conjunto da população. Isso é resultado de uma redução gradual do índice de natalidade verificado nos últimos anos. Já a faixa de 40 a 59 anos apresentará crescimento de 5%; o grupo de 60 a 79 anos quase dobrará; e o contingente de maiores de 80 anos, a chamada quarta idade, triplicará.
As cidades vão mudar
Neste ano de 2020, o maior volume populacional ainda é registrado na camada da população entre 20 e 39 anos. Já de 2030 a 2050, o pico deverá ocorrer nas idades de 40 a 59 anos. A década de 2020, portanto, marcará o início da mudança do perfil de idades entre os paulistas. A projeção de crescimento populacional para as faixas acima de 40 anos de idade, somada à queda do percentual de nascimentos, tornará a população paulista cada vez mais envelhecida em relação ao perfil atual, o que impactará fortemente setores como a educação, saúde, turismo, mercados, configuração urbanística das cidades e o sistema previdenciário, além de conceitos de lazer, acessibilidade, mobilidade e outros.
Planejar é preciso
O conhecimento sobre o tamanho e a composição etária da população paulista representa instrumento valioso para planejar políticas públicas, ressaltam os técnicos da Fundação Seade. Os municípios devem se preparar desde já para a nova realidade por meio do planejamento a médio e longo prazos. Por exemplo, as unidades de saúde atualmente voltadas prioritariamente para o atendimento de gestantes e crianças, no futuro deverão incorporar mais sistematicamente o acompanhamento de saúde da população adulta, especialmente dos idosos.
Uma virada demográfica
De acordo com o estudo, em 2050 o Estado de São Paulo passará por relevante mudança no padrão etário de sua população residente. As projeções populacionais do Seade indicam que a queda do número de menores de 15 anos e o aumento dos maiores de 65 anos farão com que o contingente desses dois grupos se iguale numericamente por volta de 2034.
Menos jovens, mais idosos
A idade média da população paulista hoje é de 36 anos. Em 2000, a média da idade da população paulista era de 30 anos. Atualmente, passados 20 anos, a idade média é de 36 anos. Em 2050, chegará a 44 anos, segundo a projeção da Seade. O novo perfil configura padrão predominante de população adulta em todas as classes sociais nas diferentes regiões do Estado. A participação dos jovens com até 15 anos se reduzirá quase pela metade, enquanto a dos maiores de 65 anos se ampliará 3,7 vezes. Em 2050, os mais velhos responderão pela parcela que os mais jovens detinham entre 2005 e 2010, ao passo que os mais jovens apresentarão a participação dos mais velhos esperada em 2030.