Imprensa

08.10.2020

Em 50 anos, a participação da população infantil cai pela metade no Estado de São Paulo

De acordo com as informações do Seade, entre 1970 e 2020, a participação das crianças com idade até 12 anos no total da população paulista caiu pela metade: de 30% para 15%. Eram 5,3 milhões de crianças e, 50 anos depois, são 6,8 milhões, com crescimento médio anual de 0,51%. Nesse período, a população total mais que dobrou: de 17,7 milhões para 44,6 milhões de habitantes. A evolução da população de crianças sofreu influência da queda das taxas de fecundidade, de 4,3 filhos por mulher para 1,7 filho.
A razão de sexo entre as crianças, que indica o número de meninos para cada grupo de 100 meninas, aumentou nos 50 anos analisados, com prevalência masculina crescente. Tal aumento resulta da redução da mortalidade infantil, que incidia mais fortemente sobre o sexo masculino. Em 2020, essa razão entre crianças (104,7) quase se iguala à razão de sexo ao nascer (próxima de 105).
A participação de crianças na população total, entre 2000 e 2020, apresenta tendência de queda em todos os municípios paulistas. Em 2000, cerca da metade dos municípios apresentava mais de 21% de sua população composta por crianças menores de 12 anos, sendo que em apenas dois municípios esta proporção correspondia a menos de 15%. Já em 2020, observa-se diminuição generalizada da participação do segmento infantil na população total. A maior parte de municípios (quase 60%) passou a registrar valores inferiores a 15%, não ocorrendo nenhuma participação de crianças na população total superior a 21%.
Destaca-se o município de Bom Sucesso do Itararé, na Região Administrativa de Itapeva, que, em 2000, ocupava a primeira posição, com 31,3% de crianças na população, mantendo-se na liderança em 2020, com 20,4%. Vale ressaltar, também, que na área mais ao sul do Estado observam-se as maiores proporções de crianças no período considerado, enquanto mais ao centro e na parte noroeste elas são menores.
Consulte aqui a íntegra da pesquisa.