Imprensa

30.04.2020

Economia paulista ia de vento em popa até a pandemia

Jornal O Imparcial, de Pres. Prudente – 8/04/2020
O PIB (Produto Interno Bruto) do Estado de São Paulo, nos quatro trimestres de 2019, cresceu em dez das 16 regiões do Estado de São Paulo. No acumulado de 12 meses, o PIB do Estado aumentou 2,5%. No ano que passou, houve incremento dos setores de serviços (3,3%) e indústria (1,0%) e recuo na agropecuária (1,3%). No Interior Paulista, os destaques na expansão da economia ficaram com as regiões de Campinas (2,5%), Sorocaba (3,5%) e Franca (3,3%) e Itapeva (4,0%). Outras regiões também tiveram crescimento, mas em índices menores. A região metropolitana de São Paulo cresceu 3,5%.
Otimismo na virada do ano
Essa perspectiva de otimismo marcou a chegada do ano novo na economia do Estado de São Paulo. As previsões eram de crescimento econômico (indústria, comércio, serviços e agronegócios) levemente mais acentuado em 2020, com a retomada das atividades produtivas e a elevação dos níveis de emprego. O otimismo durou até o aparecimento do coronavírus. Em São Paulo, o primeiro caso oficial foi confirmado no dia 26 de fevereiro.
Indústria estava em alta
Em fevereiro, sem o fantasma da pandemia, a atividade da indústria paulista seguiu em alta, com as vendas reais e horas trabalhadas na produção avançando 0,9% e 0,5% com ajuste sazonal, respectivamente. Houve queda apenas para os salários reais médios (-0,7%), com estabilidade para o nível de utilização da capacidade instalada. Os dados são do Levantamento de Conjuntura divulgados pela Fiesp e Cipes (Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Já em março, o sensor da economia apontava retração da atividade industrial paulista, refletindo os primeiros impactos da crise do novo coronavírus.
Empregos em 2019
Estudo da Fundação Seade mostra que no Estado de São Paulo o nível de ocupação cresceu 2,6% em 2019, resultado melhor que o observado para o país (2%). Os destaques foram o interior, com aumento de 3,7%. A capital teve crescimento de 3%. Diferentemente de 2017 e 2018, em que cresceram apenas os ocupados sem contribuição à previdência, em 2019, no Estado de São Paulo, observou-se o mesmo aumento para os ocupados com e sem contribuição (2,6%).
Desemprego em queda
Como decorrência do aumento da empregabilidade, verificou-se pequena redução da taxa de desemprego no Estado em 2019. A taxa de desemprego no interior do Estado (11,3%) foi menor que a registrada para o Brasil (11,9%). O Estado de São Paulo manteve média salarial (R$ (2.962) superior à do Brasil (R$ 2.330). Isso mostra, segundo os técnicos, que o aumento do nível de ocupação foi o responsável por elevar a massa de rendimento real habitual no Estado (1,6%). Essa elevação foi mais intensa no interior (3,3%) do que na Região Metropolitana de São Paulo (0,4%).