Imprensa

06.03.2018

Desemprego feminino passa 18,3%, em 2016, para 19,7%, em 2017

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Fundação Seade e o Dieese elaboraram estudo que traz as principais informações sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo.
De acordo com o estudo, entre 2016 e 2017, a redução de 1,1% do nível de ocupação feminino, ocorreu principalmente entre as empregadas domésticas mensalistas ou diaristas e entre as assalariadas com carteira de trabalho assinada; na indústria, construção, comércio e serviços – mais especificamente, no de transporte.
Esse resultado negativo do nível ocupacional feminino refletiu no aumento da taxa de desemprego das mulheres, de 18,3%, em 2016, para 19,7%, em 2017.
As mulheres ocupadas tinham jornada média semanal de 38 horas e os homens, de 43 horas. Devido a essa diferença de jornada de trabalho, os rendimentos do trabalho são considerados por hora. Entre 2016 e 2017, o rendimento médio real por hora apresentou pequena variação positiva de 1,2% para as mulheres, passando para R$ 10,79, valor equivalente a 87% do recebido pelos homens (R$ 12,42).
Para eles, houve variação negativa de 2,1%, o que fez com que a remuneração de mulheres e homens se aproximasse ligeiramente, uma vez que aquela relação era um pouco menor em 2016 (84%).
Perfil das mulheres empreendedoras
Em 2017, do total de empreendedores, 33,4% eram mulheres atuando profissionais liberais autônomas, empregadoras, donas de negócio familiar, autônomas que trabalhavam para o público em geral e autônomas que trabalhavam para mais de uma empresa.
No auge da vida produtiva (de 25 a 49 anos) as mulheres (58,1%) são mais empreendedoras que os homens (56,9%), enquanto após os 50 anos esse comportamento se inverte, quando os homens exercem mais essa atividade (38,1%) que as mulheres (36,2%).
A influência de jornada adicional ligada aos afazeres domésticos faz com que as mulheres optem, quando possível, por trabalhar próximo à residência e com jornadas reduzidas e não necessariamente lineares. A atividade empreendedora possibilita jornadas médias semanais de trabalho menores. Dessa forma, as empreendedoras trabalhavam 38 horas semanais, 3 horas a menos que as assalariadas.
Em 2017, as empreendedoras recebiam R$ 10,14 (contra R$ 10,04 das assalariadas), de forma diferente do que ocorre com os homens, cujos empreendedores obtêm rendimentos pouco maiores (entre os assalariados R$ 11,74 e, empreendedores, R$ 13,50).
Consulte aqui a íntegra do estudo.