Imprensa

02.07.2019

Desemprego estaciona em maio na Grande São Paulo

Diário do Comércio – 25/06/2019
A taxa de desemprego total na região metropolitana de São Paulo passou de 16,7% em abril para 16,8% em maio deste ano, revela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que considerou o resultado ?praticamente estável?.
O contingente de desempregados foi estimado em 1,9 milhão pessoas em maio, 49 mil a mais que no mês anterior. De acordo com a pesquisa, o resultado decorreu de elevação da População Economicamente Ativa, a PEA ? 223 mil pessoas entraram no mercado de trabalho da região em intensidade superior ao aumento da ocupação, com a abertura de 174 mil postos de trabalho.
Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto variou de 13,9% para 14% e a de desemprego oculto permaneceu estável em 2,8%. A taxa de desemprego total é composta pela soma das taxas de desemprego aberto e oculto. A de desemprego aberto inclui pessoas que procuraram vaga nos últimos 30 dias e não exerceram nenhum trabalho nos sete dias anteriores à entrevista.
Já a taxa de desemprego oculto corresponde a pessoas cuja situação de desemprego está oculta pelo trabalho precário, conhecido como bico, ou pelo desalento; sendo que não houve procura de trabalho nos últimos 30 dias, mas sim nos últimos 12 meses anteriores à entrevista.
Nos demais domínios geográficos para os quais os indicadores da pesquisa são calculados, a taxa de desemprego total diminuiu no município de São Paulo (de 16,4% para 15,9%), aumentou na sub-região Sudeste (Grande ABC) (de 14,4% para 14,6%) e aumentou na sub-região Leste (Guarulhos, Mogi das Cruzes e outros) (de 19,9% para 20,6%).
OCUPAÇÃO
O contingente de ocupados foi estimado em 9,5 milhões pessoas. A análise por setores mostra que houve aumento nos serviços (mais 124 mil postos de trabalho, ou 2,2%) e, em menor intensidade, na construção (mais 29 mil, ou 5,3%) e no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (mais 22 mil, ou 1,3%), enquanto houve redução na indústria de transformação (menos 12 mil postos, ou -0,9%).
Conforme posição na ocupação, o número de assalariados aumentou (1,3%), resultado de elevações no setor privado (1,2%) e no setor público (1,9%). No setor privado, aumentou o assalariamento com carteira de trabalho assinada (1,3%) e sem carteira (0,6%).
Houve aumento da ocupação entre os autônomos (2,4%), empregados domésticos (8,5%) e entre os classificados nas demais posições (0,3%) ? composto por empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração e profissionais liberais.
COMPARAÇÃO ANUAL
Em maio deste ano, a taxa de desemprego total na região metropolitana de São Paulo (16,8%) foi menor do que a verificada no mesmo mês do ano passado (17,4%). A taxa de desemprego aberto diminuiu de 14,4% para 14%, e a de desemprego oculto, de 3% para 2,8%. Entre as componentes desta última, a taxa de desemprego oculto pelo trabalho precário caiu de 2,6% para 2,2%.
O contingente de desempregados teve aumento ? de 7 mil pessoas ? o que, segundo a pesquisa, é resultado da elevação da força de trabalho (434 mil pessoas entraram no mercado de trabalho, ou 3,9%) em intensidade superior ao crescimento do número de ocupados (427 mil pessoas, ou 4,7%).7%).