Imprensa

08.09.2020

Baixada Santista é a região que perde mais empregos em SP

A Tribuna, de Santos – 5/09/2020
A Baixada Santista foi a região administrativa do Estado que mais perdeu empregos em julho. O levantamento, que inclui também a Capital paulista e a Região Metropolitana de São Paulo, foi divulgado ontem pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). O estudo teve por base números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
Como A Tribuna noticiou no dia 25, o saldo de postos de trabalho formais (a diferença entre contratações e demissões) ficou negativo em 1.502 postos. A Seade confirmou que apenas a Região Administrativa (RA) de Registro, no Vale do Ribeira, também terminou o mês no vermelho.
Em nível estadual, o resultado foi positivo em julho, com 22.967 novas admissões. Aproximadamente uma em quatro vagas surgiu na RA de Campinas, a que mais gerou empregos nesse mês: 6.177.
Considerado o período entre janeiro e julho, quando perdeu 16.929 vagas, a Baixada só fechou menos empregos com carteira assinada do que as RAs de Campinas, São José dos Campos, a Região Metropolitana de São Paulo e a Capital, isoladamente ? esta última, com 126.419 postos fechados no ano. Nesses sete meses, apenas as regiões de Araçatuba (1.506 empregos) e Barretos ficaram no azul.
Em todo o Estado, como efeito econômico da pandemia de coronavírus, encerraram-se 349.706 vagas neste ano, até julho. Praticamente um terço dos empregos com registro (32% dos 1.092.578 que foram perdidos no País) foi fechado no território paulista.
Emergencial
A Fundação Seade considera que o principal fator para o saldo geral de empregos tenha sido a adesão ao Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, instituído em abril pelo Governo Federal.
De acordo com a Seade, 5,1 milhões de acordos foram firmados no Estado entre abril e julho. Do total, 2,2 milhões corresponderam à suspensão de contratos. Apenas em julho, houve 1,1 milhão de acordos.
Na Baixada Santista, conforme A Tribuna publicou na segunda-feira (31 de agosto), o programa resultou em 128.134 acordos, que abrangeram 73.696 trabalhadores e 12.578 empresas. Dos acordos, 43,8% foram para suspender contratos e 21,2%, para reduzir salário e jornada em 70%. O programa deve vigorar até outubro.