Imprensa

26.04.2023

Em 2022, quase metade das desempregadas no ano anterior conseguiram ocupação

Pesquisa da Fundação Seade aponta que, na Região Metropolitana de São Paulo- RMSP, entre as mulheres desempregadas em 2021, 49% conseguiram uma ocupação em 2022, 32% permaneceram no desemprego e 19% foram para a inatividade, já entre as mulheres ocupadas em 2021, 79 em cada 100 continuaram ocupadas em 2022.
Do total de mulheres com trabalho formal em 2022, 78% já trabalhavam com esse tipo de vínculo em 2021; 7% vieram da informalidade e 15% não trabalhavam antes.

Entre aquelas com trabalho informal em 2022, 40% já estavam nessa situação em 2021, enquanto 21% migraram de um trabalho formal. As demais (39%) não estavam ocupadas no ano anterior, porcentual maior do que o dos homens na mesma situação (19%) e daquelas que conseguiram um trabalho formal em 2022 (15%), demonstrando que as mulheres que entram no mercado de trabalho pela primeira vez, ou após um intervalo de tempo, encontram oportunidade principalmente na informalidade.

Na RMSP, 3,7% das mulheres ocupadas trabalhavam por aplicativo em 2022, porcentagem pouco menor que a dos homens (5,0%).

O perfil das ocupadas manteve-se praticamente inalterado entre 2021 e 2022. Quase a metade delas eram cônjuges (48%), 23% eram chefes no domicílio, enquanto filhas e outras posições no domicílio somavam 28%. A maioria tinha pelo menos o ensino médio completo (80%), 18 a 39 anos de idade (57%) e eram não negras (55%).

Desigualdade de gênero restringe procura de trabalho entre as mulheres
Em 2022, 18% do total de mulheres desempregadas e 2% de inativas realizaram algum bico ou trabalho ocasional como meio de sobrevivência. Essa proporção é menor que a dos homens (32% e 7%, respectivamente), possivelmente devido à dificuldade em conciliar o trabalho remunerado, mesmo que ocasional, com os cuidados com a casa e a família, que ainda recaem principalmente sobre elas.
De fato, entre as mulheres inativas em 2022, 43% afirmaram que não procuraram trabalho pela necessidade de cuidar da casa ou da família, motivo que, entre os homens, é o menos relevante (5%). Para eles, o principal motivo foi a aposentadoria, ou porque não desejavam trabalhar (75%), proporção bem acima da observada entre as mulheres (43%).

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