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Audição de podcasts entre os usuários de internet quase dobrou
Os resultados provenientes das edições 2019 e 2021 da pesquisa TIC Domicílios indicam que a audição de podcasts entre os usuários de internet quase dobrou: passou de 16% para 31%. Esse aumento está apoiado na popularização dos smartphones, no aparecimento das plataformas de streaming de áudio e na ampliação do acesso à internet. Além disso, os resultados indicam possíveis mudanças de hábitos de consumo de conteúdo incentivadas pelo distanciamento social do período da pandemia: enquanto a audiência de podcasts aumentou no período, a leitura de jornais, revistas ou notícias pela internet registrou declínio. O estudo é fruto da parceria entre a Fundação Seade e o Cetic.br|NIC.br, que analisa as atividades realizadas na Internet pelos residentes no Estado de São Paulo.
A análise do perfil dos usuários de internet paulistas que ouvem podcast permite constatar que, conforme mais elevada é a escolaridade, maior é a audiência desse tipo de programa. Em 2021, aproximadamente metade desse público possuía formação superior, um terço contava com o ensino médio e em torno de 15% havia obtido apenas o ensino fundamental.
Da mesma forma, o acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação pode ser mais bem compreendido quando associado a outros fatores socioeconômicos, o que também se aplica ao público dos podcasts. Para usufruir dessa mídia, o usuário pode acessar o conteúdo on-line em sites ou blogs ou por meio de plataformas de áudio ou ainda dispor de aplicativos de podcast. De todo modo, trata-se de uma opção que supõe algum investimento no acesso e uso da internet.
De fato, a condição socioeconômica parece ser fator relevante para a compreensão do perfil dos ouvintes de podcast. No Estado de São Paulo, os usuários de internet que ouvem podcast se concentram mais significativamente nas classes A/B, estrato social que possui os melhores dispositivos de acesso à internet, faz uso diversificado desses equipamentos e investe em conexão à rede de melhor qualidade. Por outro lado, usuários com menor poder aquisitivo (classes D/E) têm maiores limitações em relação a equipamentos e qualidade da conexão.
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