Imprensa

21.11.2022

Maioria dos jovens negros trabalham e não estudam

A proporção de jovens negros que não estuda, nem trabalha, nem procura trabalho passou de 12%, em 2019, para 13%, em 2021, o equivalente a cerca de 179 mil pessoas. Já a parcela de jovens não negros na mesma condição, permaneceu em 11% no período (aproximadamente 176 mil pessoas), de acordo com o Seade Informa Social, estudo da Fundação Seade com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE.

Embora a escolaridade amplie as oportunidades, há diferenças importantes entre negros e não negros. Em 2021, 22% dos jovens negros de 18 a 24 anos e 37% dos não negros estudavam (atividade combinada ou não com trabalho ou com a busca por trabalho). Por outro lado, proporção maior de jovens negros do que de não negros trabalhavam, ou procuravam trabalho, ou não estudavam, nem trabalhavam, nem procuravam trabalho – categoria conhecida como “nem-nem”.

Entre 2019 e 2021, aumentou o nível de escolaridade do total de jovens de 18 a 24 anos: a parcela com pelo menos o ensino médio completo passou de 78% para 81%, crescimento também verificado para os jovens “nem-nem” (de 59% para 67% entre os negros e de 73% para 78% entre os não negros).

Mulheres são destaque
As mulheres jovens são maioria no contingente de “nem-nem” (não estudam e nem trabalham), sendo que muitas delas se ocupam com o trabalho não remunerado dentro do domicílio: 41% dessas jovens negras e 36% das não negras cuidavam dos afazeres domésticos, dos filhos ou de outros parentes, proporções menores que as verificadas em 2019. Entre as jovens responsáveis pelo domicílio em que moravam, 66% tinham filhos em 2021.

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