Imprensa

12.03.2020

Mulheres adultas em ocupações sem formalização ganham 46% menos que aquelas em ocupações formais

Estudo da Fundação Seade mostra que, em 2019, havia 6,3 milhões de mulheres com 25 a 49 anos de idade ocupadas no Estado de São Paulo, representando 46,8% do total de ocupados nesta faixa etária, fase em que a inserção no mercado de trabalho é mais elevada.
Dentre essas mulheres, 28,1% estavam em ocupações sem relações de trabalho formalizadas. Entre 2016 e 2019, houve aumento da informalidade, com intensidade semelhante para mulheres (3,4 pontos porcentuais) e homens (3,8 pontos porcentuais). Esse crescimento se deveu, principalmente, à ampliação do emprego sem carteira de trabalho assinada no setor privado e de conta própria ou empregadores sem CNPJ. No caso das mulheres, somou-se o trabalho doméstico sem registro em carteira.
A remuneração desses ocupados adultos, analisada por hora, reforça diferenças entre homens e mulheres e ocupações formais e informais. Os rendimentos por hora nas ocupações sem formalização são menores do que os daqueles formalizados, independentemente do sexo. As mulheres sem formalização recebiam valores 46% menores do que as formalizadas, relação que era de 40% entre os homens sem e com formalização.
Quando comparados homens e mulheres nas mesmas formas de ocupação, verificam-se diferenças de 11% entre os rendimentos por hora de mulheres e homens em ocupações formalizadas e de 15% entre os valores recebidos por mulheres e homens sem formalização.
Consulte aqui a íntegra da pesquisa.